25 de novembro de 2005

The Last Train

Nos comboios (longo curso) a entrada é sempre uma luta. Estando no Oriente ou Entroncamento, por exemplo, é tentar estar num sitio onde a porta ficará proxima, e depois entrar o mais rapidamente possivel e arranjar o melhor sitio.

Mas e se for o caso em que não há mais ninguem a entrar? Vasculha-se à procura do melhor lugar. Uns vêem em termos geográficos, outros onde está menos gente, outros pela companhia.

Eu sou pela ultima opção. Não há nada como andar no comboio sozinho e estar a ouvir a conversas dos outros. Obviamente que é curiosidade, mas uma curiosidade saudavel. Hehe, vê-se com cada um. Infelizmente estes novos comboios tiram alguma caracteristica que é andar de comboio á tarde, seja verão ou inverno.

Desde casais de velhos com as suas 500 malas e a merenda, sacando do tupperware com rissóis ou pasteis, ou mesmo umas sandochas. Sem esquecer o garrafão!

Ou então o grupo de escuteiros, que dependendo da hora, estão a dormir ou em cantorias e grandes conversas.

Domingo á tarde o grupo de estudantes que vai para lisboa.

Ou então pura e simplesmente pessoas, sozinha ou acompanhadas, que se deslocam.


Decididamente, gosto de andar de comboio.

1 comentário:

Anilorac_FM disse...

É ao que se chama estudar os sujeitos no seu contexto ecológico, ou seja, embora não tenhamos recurso a instrumentos técnicos de laboratorio que permitam conclusoes mais rigorosas temos o privilegio de observar comportamentos mais espontaneos, caracteristicos do quotidiano dos individuos...o q é muitissimo mais interessante....especialmente qdo eles estao a ser observados(ouvidos) a força toda e ñ dao por nada, dando portanto excelentes objectos de estudo! Tenho q ser boa nisto caneco....

Share