Visto que tinha acabado de ler todos os livros, existentes, da série Ice and Fire do George R.R. Martin, ou mais conhecido por, Game of Thrones, embora Game of Thrones é só o nome do primeiro livro, bom, isso agora não interessa para nada.
O importante é que os li todos e depois...ficou ali um vazio que costuma ficar quando se acabar de ler um livro e não sabia o que ler a seguir. Foi-me recomendado para ler o 1984 do George Orwell (Obrigado Racha!) e assim foi.
Bom, rapidamente se percebe porque é que o 1984 é um clássico, com C maiúsculo, e porque é que aquele livro definiu tanto termo, incluindo o termo Orwelliano.
O livro é fácil de se ler e não é muito grande mas é de uma imensidade fabulosa. A história (não querendo aqui dar grandes detalhes sobre a mesma) é de uma sociedade, por volta de 1984, que é completamente autoritária (aparentemente a palavra é distopiana) em que uma entidade 'O Partido' controla tudo e o mundo está dividido em três super-potencias que estão numa guerra continua. A personagem principal, membro desse partido (a sociedade está dividida em 3 castas) começa a interrogar-se acerca dos motivos e razões desta sociedade.
Tendo em conta que este livro foi escrito em 1949, logo após a segunda guerra mundial, e consegue falar de situações que aconteceram mais tarde (Guerra Fria) e, ainda, tão atuais hoje em dia, facilmente o leitor se sente imerso na história.
Não é um livro que fala da situação comum de um ditador tirano e assassino em que a personagem se rebela e manda o sistema abaixo. Fala de uma entidade sem cara, da divisão social e luta de poder, indo ao ponto de criar uma linguagem própria (A Newspeak) usada para controlar os indivíduos, a censura e o controlo do passado histórico (a eliminação de fontes), o redirecionamento de emoções em relação a um inimigo invisível, a contra-informação, todos estes elementos estão presentes no livro.
Assim que se começa a ler 1984 rapidamente se percebe porque é que é um clássico da literatura
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