6 de junho de 2012

Game of Thrones - Season 2 - Episódio 10 - Review

Após o grande episódio da batalha de Blackwater Bay, resta-nos o último episódio para fechar todas as tramas. E existem várias tramas que eu estava curioso para ver como iriam terminar.

King's Landing

Tyrion acorda na presença de Maester Pycelle e pergunta onde está e o que aconteceu. O maester informa-o que o seu pai ganhou a batalha mas Tyrion também se apercebe que muita coisa mudou enquanto esteve a dormir, está num quarto mais pequeno e sujo, já não é o Hand of the King, Bronn foi dispensado de chefe da guarda da cidade, enfim, sem amigos nem aliados.

Joffrey, no seu trono, recompensa o seu pai como o salvador da cidade e torna-o o novo Hand of the King (tecnicamente ele sempre foi o Hand). Littlefinger recebe o castelo de Harrenhal por ter tornado a aliança Lannister-Tyrell possivel. A Loras Tyrell pergunta-lhe o que este quer e ele diz que deseja que a sua irmã se torne rainha pois Maergery está fascinada com o rei (yeah right). Joffrey promove um pequeno teatrinho, recusando pois está prometido a Sansa Stark mas após os apelos de Cersei e de Maester Pycelle que informa que aos olhos dos deuses ele pode mudar, Joffrey aceita então a mão de Maegery. Sansa, visivelmente contente, é abordade por Littlefinger que a avisa que ela ainda não está totalmente em segurança e promete-lhe ajuda para a retirar de King's Landing.

Varys visita a prostituta Ros e convence-a a virar-se contra Littlefinger. Varys visita também Tyrion e diz-lhe que reconhece que King's Landing foi salva do ataque de Stannis devido a Tyrion mas que, infelizmente, esta é o maior reconhecimento que terá pois este não receberá nenhum crédito, apenas o seu pai. Varys traz também Shae ao quarto e esta implora a Tyrion para fugirem de King's Landing mas Tyrion recusa pois é ali o seu lugar, nestas intrigas e politicas, que é o que ele gosta e onde é bom. Shae também pede para ver o corte que Tyrion sofreu.

Aqui não há muito a assinalar, a cerimónia de Joffrey foi tal e qual como nos livros, apenas o pormenor de a futura tama Littlefinger-Sansa começar aqui. Para ser sincero, não percebi bem a parte de Varys e Ros, pois visto que Ros não está nos livros, não sei bem o que estão a tentar fazer.
Um dos detalhes que estava curioso para ver era a cicatriz de Tyrion. No livro, Tyrion sofre uma cicatriz horrivel, perdendo parte do nariz no ataque ficando, basicamente, desfigurado. Ora, como não acredito que fosse cortar o nariz a Peter Dinklage ou tornar a personagem repugnante aos olhos dos espectadores, tinham de obter uma cicatriz convincente mas ao mesmo tempo que não fosse feia para a televisão. O resultado...não é mau mas eu acho que podia ser maior, mesmo ignorando a parte do nariz Tyrion quase que morreu, deveria ter uma cicatriz a sério. Vamos ver como estará no inicio da próxima season.

Dragonstone

Em Dragonstone, Stannis está furioso por ter perdido a batalha e acusa Melisander de lhe ter mentido, afinal esta tinha visto a visão da sua vitória. Melisandre diz-lhe que perder uma batalha não é perder a guerra, mas Stannis está tão furioso que quase a estrangula, pois até o seu irmão Renly morreu por causa de Melisandre. Melisandre diz que Renly morreu também por causa de Stannis, ela não está sozinha nessa responsabilidade, e avisa-o que ele irá trair tudo e todos no seu caminho para a vitória nesta guerra. Por fim, Melisandre pede-lhe para ver dentro do fogo e Stannis, finalmente, parece ter as mesmas visões que Melisandre.

Gostei do facto de Stannis não só estar irritado com a derrota mas também aperceber-se que certas decisões têm um custo e arrepender-se da morte do irmão. Agora a parte do estrangulamento...não sei se era necessária. E a parte do fogo...pedia algo mais dramático! Ver Stannis a olhar para uma pequena labareda dum fogareira com carvão...epá, ao menos que fosse algo mais imponente, que Melisandre fizesse algo.

Robb Stark

Robb avisa a sua mãe, Cately Stark, que não vai casar uma das filhas do Lord Frey, como prometeu na primeira season, mas sim a enfermeira Talisa. Cat avisa-o que se elel próprio não consegue manter a sua palavra então não pode esperar que os homens que o seguem mantenha. Mas Robb não quer saber disso para nada e casa com Talisa numa cerimónia privada.

Entretando, Brienne continua a levar Jamie Lannister para King's Landing. Quando encontram três corpos de mulheres enforcadas pelas tropas de Robb Stark, são abordados por três homens, os que cometeram esse crime. Brienne e Jaime tentam disfarçar quando os homens pergunta e reconhecem que é Jaime Lannister, mas nada feito, e Brienne é obrigada a mata-los, de forma bastante brutal até. Quando Jaime, surpreendido, lhe diz que são tropas Stark, ela diz que serve Lady Cately e não Robb Stark.

Ah, finalmente Robb casa a enfermeira. Não consigo gostar mesmo deste casal. Desta trama não há muito a dizer mas a trama Brienne-Jaime começa e assistimos aos primeiros momentos e começamos a ver o nascimento da admiração de Jaime Lannister com Brienne. No fundo, Brienne e Jaime são iguais, soldados exímios, máquinas de combate, apenas de sexo diferente. Para Jaime a vida é simples: ele nunca teve um adversário à altura. Para Brienne a vida é simples: ela nunca teve um adversário à altura e é mulher. E, pela primeira vez na vida, Jaime Lannister vai encontrar alguém que pode ser um adversário ao seu nível e...mulher!

Harrenhal

Arya, Gendry e Hot Pie escapam do castelo de Harrehal e, pelo caminho, encontram Jaqen. Jaqen oferece a oportunidade de levar Arya consigo para a treinar e ser como ele mas Arya, embora admitindo que é isso que quer, diz que tem de encontrar a sua familia primeiro. Jaqen dá-lhe uma moeda e uma palavra passe, o titulo do episódio: Valar Morghulis, e diz que se mostrar aquela moeda e dizer aquela frase a alguém de Braavos, essa pessoa a levará até Jaqen. Por fim, Jaqen mostra verdadeiramente quem é, um faceless men, alguém que é capaz de mudar a sua identidade.

Aqui começa aquela que será das tramas mais empolgantes da série...espero eu, porque há aqui pequenos detalhes que me começam a assustar. Primeiro, que é isto da Arya querer procurar a familia e, note-se o detalhe, dela referir o nome da irmã no fim e com esforço. Ok, Arya é uma rapariga nova mas não é uma criança. Na TV não foi mostrado, por razões óbvias, mas no livro, por esta altura, Arya já tinha morto várias pessoas. Arya é uma solitária, uma justiceira, que ainda não se encontrou mas a sua familia começa a passar para segundo lugar, nem que seja porque, simplesmente, ela está separada da familia. Além disso, toda a cena da moeda e da frase "Valar Morgulis" não teve emoção. Até a própria mudança de identidade foi sem emoção, quando no livro Jaqen passa a mão pela cara enquanto esta muda. Seria assim tão dificil fazer isto? Seria um pormenor que criaria emoção. Tal como dizer "Valar Morghulis" rápido duas vezes não é nada, quase que nem se percebeu o que diziam. E o Hot Pie, não o despacham?

Winterfell

Theon Greyjoy está cercado pelos homens do filho de um dos homens de Robb Stark (acho que nem disseram o nome, é o bastardo Ramsay já agora). Irritado pelo constante tocar de uma corneta, Theon dialoga com Maester Luwin acerca das suas hipoteses de sobrevivência. O maester aconselha-o a fugir durante a noite e ir para norte, para se enlistar na Night's Watch onde lá todos os seus crimes seriam perdoados e ele teria uma vida nova. Theon, num momento de franqueza, rejeita e diz que está sozinho no mundo, o seu pai não quer saber dele, traiu a familia Stark onde cresceu mas nunca se sentiu um membro e agora não tem hipotese de salvação, prefere morrer a tentar pois chegou a um ponto de não retorno.

No pateo de Winterfell, num grande discurso, Theon apela aos seus 20 homens para o ataca suicida que quer fazer mas um dos homens dele dá-lhe uma traulitada na nuca, enfia-lhe um saco na cabeça, e piram-se de Winterfell, sem antes espetar uma lança na barriga do maester Luwin.

Depois disto tudo, Osha e os irmãos Stark saem da cripta e reparam que Winterfell foi posta a fogo, destruida e todos os habitantes mortos. O grupo encontra o maester na árvore da Godswood, onde o maester os esperava antes de morrer, e diz-lhe para estes irem para norte, para a Wall, onde Jon Snow os pode ajudar. Antes de partirem, pede a Osha para o ajudar a morrer e diz-lhe que ela é, agora, responsável pelos irmãos Stark.

Este é, para mim, o pior fecho das tramas onde fica muito por explicar e sem se perceber. Primeiro, quem pegou fogo a Winterfell? Os homens de Theon ou os Northernmen que estavam a cercar o castelo? Então Osha sai das criptas sem se aperceberem que do que tinha acontecido lá fora? Certamente iremos saber na terceira season mas...
Alfie Allen, não me canso de dizer, não me para de surpreender com o seu Theon Greyjoy. A conversa, quase em desespero, com maester Luwin foi extremamente convincente onde o pobre do Theon abre o seu coração e diz tudo o que sente. O discurso aos seus homens foi brutal, admito que fiquei todo arrepiado, muito melhor que o discurso de Tyrion no episódio passado. Embora a solução para Theon de este ser levado (ou não) pelos seus homens em vez de atacar os Northernmen seja esperta, o que lhe acontece? É claro que Theon está vivo mas falta aqui algo, há um buraco na história que não se percebe. A minha aposta, sabendo o que vai acontecer, é que os Ironmen usaram Theon como moeda de troca para escaparem, pois Robb Stark pediu Theon vivo.

Qarth

Finalmente, após uns 4 episódios, Daenerys entra na House of the Undying para recuperar os seus dragões do warlock Pyat Pree. Num acto de magia, Daenerys é a única que entra na torre encontrando-se numa sala com muitas portas. Entrando numa, chega a uma tenda (passando pelo portão da Wall) onde está Khal Drogo com o suposto filho do casal. Num momento de nostalgia, Khal Drogo fala do que seria a possivel vida deles e que não sabe qual deles está a sonhar. Daenerys, claramente emocionada por ver o seu amor e o seu filho perdido, repete as palavras que lhe foram ditas quando Khal Drogo morreu e retira-se, encontrando os seus dragões acorrentados. Pyat Pree faz a sua aparição e, num dos seus actos de artes negras, acorrenta Daenerys também, confessando que quando os dragões voltaram ao mundo a sua magia também voltou, e com Daenerys juntos dos dragões a magia ainda é mais forte, planeando manter todos presos na torre para sempre de forma a ser poderoso. Daenerys, usando a palavra que ensinou aos dragoes, Dacarys, faz com que estes expelem fogo e matem o warlock e derretam as correntes enquanto Daenerys não sofre nada, pois sabemos deste o ultimo episódio da primeira season que ela é imune a esse fogo.

Daenerys volta e encontra Xaro na cama com a sua antiga criada, descobrindo que esta a traiu. Pegando neles e na chave do cofre de Xaro, abre-o e repara que está vazio, afinal era tudo uma mentira. Agradecendo a valiosa lição a Xaro, prende-o mais à criada no cofre. Enquanto pilham os pertences de Xaro, Jorah Mormont diz que deverá chegar para comprarem um pequeno navio.

A sensação que fiquei foi: 4 episódios à espera para isto. Não me interpretem mal, eu sei que nem tudo pode ser igual ao livro, especialmente nesta trama, era impossivel colocar tudo. No livro, Daenerys anda de porta em porta a ter visões, algumas mais estanhas que outras, e no fim os warlocks atacam-na para obter o  seu poder. E foi mais ou menos o que vimos. No momento de escolher uma visão, escolheram Khal Drogo e o seu falecido filho, algo que deu um toque familiar, aquela sensação de eu poderia ter tido isto. No fim, a forma de Daenerys despachar o warlock também não está mal conseguida. Apenas acho que poderiam ter dado mais tempo a Daenerys, ela merecia isso esta season.

Beyond the Wall

A comitiva que leva Jon Snow e Qhorin Halfhand continua o seu percurso e Qhorin, numa tentativa de demonstrar que Jon Snow traiu a Night's Watch, insulta e ataca Jon Snow. Este, defende-se como pode, acabando por matar Qhorin, que, no seu último suspiro, lhe diz que "We are the watchers of the Wall". Jon Snow é liberto das suas amarras e Ygritte mostra-lhe, finalmente, o acampamento dos Wildlings, um mar de gente no fundo de um vale e diz-lhe que Mance Rayder espera por ele.

No grupo que ficou para trás dos rangers da Night's Watch, Sam, Grenn e Edd andam a apanhar material para o fogo quando ouvem 3 toques da corneta, o que significa White Walkers. os três fogem mas Sam cai e quando se levanta, já está rodeado de White Walkers. Escondendo-se atràs de uma pedra, observa uma horda destes seres a passar por eles, principalmente um imponente White Walker num cavalo meio-morto que olha directamente nos olhos de Sam, com aqueles grandes olhos azuis.

Esta tenho de criticar porque acabam por tornar o Jon Snow num idiota chapado que não tem vontade própria. O ataque de Qhorin é o suposto mas facilmente não se percebe a razão. Há dois episódios atrás Qhorin diz a Jon que ele tem de fazer o que tem de ser feito quando a altura chegar e, neste episódio, ataca-o. O objectivo é que Jon Snow se infiltre nos wildlings de forma a poder salvar a Night's Watch quando for necessário, um agente duplo portanto. Mas não é essa a impressão com que se fica. Jon Snow mais parece que vai para onde os outros o mandam, é atacado por Qhorin e defende-se porque tem de se defender. Jon Snow fica livre dos wildlings porque estes o libertaram. Seria mais explicito caso Qhorin dissesse algo diferente antes de morrer e, principalmente, caso Jon Snow só fosse libertado quando fosse apresentado a Mance Rayder. Assim é do tipo: mataste o Qhorin logo és nosso amigo. Ora, ele não o matou porque quis, matou porque foi obrigado, em defesa, e isso não chega, os wildlings não são parvos. Até o seu irmão, Robb Stark, que esse sim, é um idiota, casou com Talisa por sua vontade, a escolha foi dele. A questão é que no livro é possivel ler os pensamentos de Jon Snow, a dualidade de lealdades que ele tem ao longo do tempo que está com os wildlings, mas na série não é possivel ouvir os pensamentos dele, logo estas mensagens têm de ser mostradas explicitamente.
Em relação ao grupo de White Walkers, bem, concordo que faltava um bocado de acção e que falta mostrar, explicitamente, afinal que seres são estes. É que os wildlings querem atacar a Wall por uma razão, os Night's Watch foram ter com os wildlings por uma razão e essa razão são os White Walkers. A parte de Sam ficar atrás de uma pedra, cena tipica de um filme de terror, não me choca, mostra que os White Walkers têm um propósito e também abre, de forma muito discreta, a trama de Sam.

5 de junho de 2012

Game of Thrones - Season 2 - Episódio 9 - Review

 Ora bem, finalmente chegamos ao episódio que eu mais ansiava, a batalha de Blackwater bay, episódio este escrito pelo próprio R.R. Martin!
Este episódio tem a característica de se focar apenas na trama de King's Landing e durante a batalha.

King's Landing

A frota de Stannis Baratheon vai atacar esta noite. Davos dialoga com o filho, sendo este um fervoroso religioso quando Davos é um homem realista e pragmático. Enquanto o filho achas que o Lord of Light os protegerá e vai para resgatar a cidade das mãos do mal, Davos sabe bem que são Stannis é visto como um invasor aos olhos da população de King's Landing.

Na cama, Tyrion e Shae discutem a possibilidade de perderem a batalha, algo que Tyrion admite ser possível e que, obviamente, tem medo que aconteça. Shae dá-lhe então uma ultima noite para ele não se esquecer. Ao mesmo tempo, Maester Pycelle dá a Cersei um veneno para usar em caso de derrota pois Cersei acredita que Stannis não terá nenhuma piedade pelos Lannister. Ao mesmo tempo, Bronn e os seus homens divertem-se num bar e chega o The Hound, que não é muito dado para festas. Quando ambos estão quase a entrar em conflito, os sinos começam a tocar indicando que a frota de Stannis chegou.

Varys leva a Tyrion um mapa das catacumbas de King's Landing, indicando que o rei Targaryen encomendo os túneis de forma a haver escapatória da cidade caso esta fosse capturada. Joffrey, já na sua armadura, vai a sair do Red Keep e chama Sansa para esta beijar a sua nova espada como boa sorte. Sansa provoca-o perguntando-lhe se este vai estar na linha da frente da batalha, pois se o seu irmão Robb está e este é um traidor, então Joffrey deveria fazer muito mais. Joffrey, enervado e amedrontado, esquiva-se e diz-lhe que um dia dará um sorriso vermelho a Robb Stark com aquela espada, tal como o fará agora a Stannis.

Cersei leva todas as mulheres e crianças da nobreza para Maegor's Holdfast, de forma a estas estarem em segurança, reparando em Sansa e na sua criada, Shae. Quando Sansa pergunta porque é que Ser Ilyn Payne está presente, Cersei diz que é para as proteger e inicia uma conversa com Shae descobrindo facilmente que ela não é da nobreza e que está a mentir, à medida que começa a beber. Cersei também discute com Sansa que está é demasiado inocente e que dever´dar graças ao facto de estar menstruada pois caso a cidade caia, uma série de violações ocorreram e Sansa não poderá ficar grávida.

A frota de Stannis aproxima-se das muralhas de King's Landing e repara que não existe nenhum barco a defender a cidade. Nenhum não, existe um barco solitário. Davos, começando-se a aperceber que está algo errado, manda armar os arqueiros. Quando esse barco solitário se aproxima, Davos repara que não está tripulado! Algo de muito errado se passa e, demasiado tarde, Davos apercebe-se de que o barco está a espalhar wildfire à sua volta e ordena que a frota de Stannis inicie manobras evasivas. Nisto, Tyrion dá um sinal e um arqueiro envia uma única seta em fogo para o barco.

Assim que a seta atinge o barco, uma gigantesca explosão ocorre mandando aos ares metade da frota de Stannis, incluindo o barto de Davos. Mesmo com este golpe, Stannis Baratheon ordena que as restantes tropas desembarquem para atacar as muralhas a pé!

Tyrion comanda então o The Hound a deslocar-se para o portão para atacar as tropas de Stannis. O Hound, durante a luta, apercebe-se que está rodeado de fogo e é tomado de assalto pelo seu medo de infância (o seu irmão é que lhe provocou a cicatriz na cara ao por-lhe a cabeça numas brasas). Em pânico, retira-se para a cidade e manda tudo às urtigas, desertando!

No ataque, Lancel Lannister é ferido e retira-se para dentro do castelo, indo a Maelgor's Holdfast dar informações da batalha a Cersei. Cersei revela que Ilyn Payne está ali presente para as matar caso Stannis conquiste a cidade. Cersei ordena então Lancel que Joffrey se retire para o seu quarto para se manter em segurança, mesmo após Lancel lhe explicar que isso iria baixar a moral das tropas. Cersei retira-se também e Sansa, vendo-se sozinha e com as pessoas a começarem a entrar em pânico, toma posição e pede calma a todos. Quando se retira para o seu quarto, repara que o Hound está lá! Hound diz que está farto disto tudo e que se Sansa quiser, ele pode leva-la a Winterfell prometendo não a magoar. Sansa, claramente em dúvida mas não confiando em ninguém, recusa a oferta.

Tyrion, de repente, vê-se sozinho, sem Joffrey e sem o Hound. Assim que as tropas começam a questionar por quem é que devem lutar e onde está o rei, Tyrion diz que ele próprio é que vai liderar um combate, efectuando um discurso em que apela às tropas para lutarem não pelo rei mas sim pela sua cidade e pela sua familia!

Durante isto tudo, as tropas de Stannis chegam às muralhas e Stannis é o primeiro homem a subir as escadas e entrar na cidade, enquanto as tropas começam a forçar o portão. Tyrion leva as tropas por um tunel secreto e ataca as tropas pela rectaguarda, conseguindo impedir que o portão seja aberto. Enquanto as tropas de Tyrion festeja, este vê que uma força maior de Stannis vem a caminho para os atacar. A batalha recomeça e Tyrion, de surpresa, é atacado por Ser Mandon e este é morto pelo escudeiro de Tyrion. Enquanto Tyrion desmaia, repara que uma a cavalaria d
o seu pai chega em auxilio e Stannis, contra a sua vontade, é obrigado a bater em retirada pelas suas tropas.

No Iron Throne, Cersei está prestes a dar o veneno ao seu filho Tommem, pensando que a cidade está condenada, quando as portas se abrem e entram Ser Loras Tyrell e Tywin Lannister que declara que a batalha está ganha!

Só tenho uma palavra para este episódio: Épico! Tal como eu sonhava, a batalha de Blackwater Bay foi épica. É preciso ver que no livro esta batalha dura vários capítulos e é mais complexa militarmente, havendo duas batalhas reais, uma naval e uma de infantaria. Tirando os pormenores militares, que nunca poderiam ser replicados devido a razões de orçamento, a nível de personagens pouca coisa mudou.

Por onde começar? Basicamente, neste episódio, temos duas tramas. Tyrion e Cersei que são também as duas forças em King's Landing. Tyrion representa a componente militar, o homem que tem de efectuar as coisas por ele próprio para atingir os seus objectivos. Cersei representa a componente humana da batalha, ela que não pode fazer muito para além de salvar os seus filhos e ela própria.

Com Cersei temos os constante dialogos com Sansa Stark e, como tenho vendo a dizer todos os episódios, Sansa cresce e torna-se cada vez mais uma mulher, tendo uma presença mais forte e tomando decisões. É notório isso quando Sansa acalma as pessoas em Maelgor's Fast sozinha após Cersei ter fugido ou quando provoca Joffrey antes da batalha coeçar. Cersei, por seu lado, na sua ânsia de proteger Joffrey põe em causa toda a defesa da cidade ao mandar retira-lo da batalha.

Tyrion, como sempre, luta sozinho, ganhando até a admiração de Varys que o confessa várias vezes durante esta season. Com um Joffrey amedontrado e com a deserção do The Hound, Tyrion tem de ir para a batalha sozinho. O ataque a Tyrion foi bem feito, de forma repentina e sem aviso, como deveria de ser. A parte dele ver as tropas do seu pai a chegarem enquanto desmaia foi bem pensado.

Uma nota para o papel de Jack Gleeson (Joffrey) para indicar, outra vez, como ele consegue fazer o papel de irritante e arrogante tão bem! Mas neste episódio a forma como ele estava borradinho de medo, impecável.

Outra nota para a parte final em que Loras Tyrell entra primeiro que Tywin enquanto tira o capacete. Eu nesta altura até exclamei pois tinha-me esquecido completamente que os Tyrell iam ao encontro de Tywin.

E os efeitos especiais? A parte da explosão de Wildfire foi espetacular, aquela cena em que Tyrion e Joffrey observam a explosão ficando tudo, momentaneamente, como se fosse de dia...brutal.

Este episódio foi tão bom que há pouco a apontar, esteve tudo muito bem feito. Resta agora o último episódio para terminar as outras tramas!

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