Há muito tempo que não falo na cachopa.
Ontem aconteceu uma das coisas que me dá mais prazer com a cachopa pequena: termos uma refeição juntos e, neste caso, é literalmente partilhar a refeição.
Disclaimer: o raio da miúda é uma chata para comer, só come o que quer e quando quer. Não é uma questão de não gostar, várias vezes se recusa a comer algo que sabemos que ela gosta, só porque sim, e nem é preciso provar, basta por os olhos em cima do prato que solta logo o "neeeeee".
Desde que ela começou a comer só o que nós comemos, ou seja, não andamos a preparar comida especial para ela, que tenho tentado criar o hábito de ela estar presente na mesa, na sua cadeirinha, mesmo que não queira comer (o que geralmente leva a ela fartar-se de estar na cadeira ou então termos de lhe dar outra coisa qualquer para comer).
Quando ela, finalmente, começou a querer pegar no garfo/colher para comer sozinha, levando ela própria o garfo/colher à sua boca, isso abriu a oportunidade de realmente eu e ela comermos ao mesmo tempo, não é possível eu comer e dar-lhe de comer ao mesmo tempo (bom, é, mas já lá vamos).
O que geralmente faço, quando não é um dos pratos favoritos dela, é por o meu prato no tabuleiro da cadeira dela e sentar-me à frente dela, comendo os dois literalmente ao mesmo tempo e do mesmo prato, tendo ela o seu garfo/colher que pode usar para se divertir.
Ontem foi um desses dias, mesmo com ela a fugir de mim quando lhe disse que íamos comer (ela foge para a sala e esconde-se atrás do sofá enquanto diz o famoso "neeeee") e resmungando quando a pus na cadeira e lutava contra por-lhe o babete, lá se acalmou quando viu a perna de peru assada no forno acompanhado de...bom, é uma cena sérvia que não existe em Portugal, são os chamados Mlinci que é basicamente massa de pão cozida.
E quando eu comecei a comer lá ela começou a aceitar bocadinhos de carne e mlinci, claro que não podem ser bocados de carne muito grandes senão ela cospe. Ah, já agora, esta cachopa não come segundo quantidades mas sim segundo número de garfadas, ou seja, tanto faz se comeu muito ou pouco, passado X garfadas ela farta-se, logo convém dar o máximo possível de comida que ela consiga mastigar em cada garfada, mas não pode ser muito grande senão ela farta-se de mastigar e deita fora...enfim...parece fácil!
E, como ela ainda não fala nada, tirando algumas palavras, não podemos estar a comer e a falar como foi o nosso dia, portanto passamos o jantar a fazer caretas um ao outro!
Mas pronto, como disse, isto não é todos os dias, é quando ela quer. Claro que se lhe desse uma fatia de pizza ou um esparguete à bolonhesa até se lambuzava toda...de porcarias gosta ela!
21 de setembro de 2012
17 de setembro de 2012
Manif 15 de Setembro
A Manif de 15 de Setembro foi a manifestação que tive pena de não estar em Portugal para poder ir. Mais que a 12 de Março (que tinha algumas dúvidas ao seu conceito) esta fez com que as pessoas que quisessem ir à rua, só porque sim, só porque é preciso mandar a mensagem, quisessem ir.
Talvez por essa razão, estive o fim-de-semana todo, de forma consciente, sem prestar atenção à manif e recolhi as opiniões na segunda-feira.
Primeiro, o óbvio. Esta manif foi grande, muito grande. Para mim, não em termos de números mas em termos de distribuição geográfica. Finalmente as pessoas perceberam (aqui graças à manif 12M) que não é preciso ir tudo num autocarro para Lisboa, basta manifestar-se na maior cidade mais próxima. E tivemos mais de uma dezena de cidades cheias de pessoas! Isto tem muito mais impacto do que se tivessem 5 milhões de pessoas em Lisboa/Porto. Isto é, realmente, o país inteiro a manifestar-se.
Segundo, os motivos. Sendo uma manif apartidária, de iniciativa própria, a começar no Facebook (para ser sincero, não sei quem começou, mas ao contrário da 12M não há cá outros interesses), foi algo bonito de se ver. Por outro lado, o nome é muito mal conseguido ("Que se lixe a troika", a sério?) e não há consequência direta da manif. Seria algo que a 12M queria fazer, mas como deve de ser, a criação de uma plataforma cívica ou algo do genero, que representasse as ideias e vontades do povo, mas já vamos a isso.
O problema da manif desta forma é que no dia seguinte é como se nada tivesse acontecido, não existe repercussão direta no governo e nas suas medidas. Ok, está será a primeira manif de vários eventos (greves, manifs dos sindicatos, etc) mas tirando isso e o levantamento a curto-prazo da moral do povo...pouco mais sai.
O que sai da manif é a mensagem, a mensagem do povo. Essa mensagem não é ouvida, é certo, mas foi transmitida. E isso também é importante.
Posto isto, qual é a minha ideia?
A solução não é que o governo tem de cair, que o Pedro Passos Coelho (PPC) tem de sair. Isso não resolve nada, o povo vota no PS e vem o Seguro, vai tudo dar ao menos, para além de se andar a perder tempo (eu já digo isto desde o tempo do Sócrates).
Eu não sou contra o governo, sou contra as medidas do governo. E, se o governo fosse esperto, ouviria a mensagem desta manif a adaptaria as medidas a essa mensagem. Mas não o vai fazer.
Talvez por essa razão, estive o fim-de-semana todo, de forma consciente, sem prestar atenção à manif e recolhi as opiniões na segunda-feira.
Primeiro, o óbvio. Esta manif foi grande, muito grande. Para mim, não em termos de números mas em termos de distribuição geográfica. Finalmente as pessoas perceberam (aqui graças à manif 12M) que não é preciso ir tudo num autocarro para Lisboa, basta manifestar-se na maior cidade mais próxima. E tivemos mais de uma dezena de cidades cheias de pessoas! Isto tem muito mais impacto do que se tivessem 5 milhões de pessoas em Lisboa/Porto. Isto é, realmente, o país inteiro a manifestar-se.
Segundo, os motivos. Sendo uma manif apartidária, de iniciativa própria, a começar no Facebook (para ser sincero, não sei quem começou, mas ao contrário da 12M não há cá outros interesses), foi algo bonito de se ver. Por outro lado, o nome é muito mal conseguido ("Que se lixe a troika", a sério?) e não há consequência direta da manif. Seria algo que a 12M queria fazer, mas como deve de ser, a criação de uma plataforma cívica ou algo do genero, que representasse as ideias e vontades do povo, mas já vamos a isso.
O problema da manif desta forma é que no dia seguinte é como se nada tivesse acontecido, não existe repercussão direta no governo e nas suas medidas. Ok, está será a primeira manif de vários eventos (greves, manifs dos sindicatos, etc) mas tirando isso e o levantamento a curto-prazo da moral do povo...pouco mais sai.
O que sai da manif é a mensagem, a mensagem do povo. Essa mensagem não é ouvida, é certo, mas foi transmitida. E isso também é importante.
Posto isto, qual é a minha ideia?
A solução não é que o governo tem de cair, que o Pedro Passos Coelho (PPC) tem de sair. Isso não resolve nada, o povo vota no PS e vem o Seguro, vai tudo dar ao menos, para além de se andar a perder tempo (eu já digo isto desde o tempo do Sócrates).
Eu não sou contra o governo, sou contra as medidas do governo. E, se o governo fosse esperto, ouviria a mensagem desta manif a adaptaria as medidas a essa mensagem. Mas não o vai fazer.
Farto do Facebook, de volta ao blog?
O meu fim de actividade permanente no blog coincidiu, mais ou menos, com o começo de participação activa no Facebook.
Afinal, fazia sentido: os posts curtos e diretos, comentários, poderiam ser partilhados imediatamente por todos os meus amigos enquanto que no blog ninguém me lê. Com o tempo o que não fazia sentido escrever no FB deixou de fazer sentido de escrever no blog, a não ser que fosse algo muito comprido.
Mas, com o tempo o Facebook tornou-se mau. Mau no sentido que é uma entropia e eu não consigo receber informação nenhuma! Eu gostava do Facebook pois tal como conseguia transmitir os meus comentários pelos meus amigos todos, também conseguia ler o que eles pensavam. Tenho N pessoas adicionadas no FB, que embora não as conheça pessoalmente, gosto de ler a sua opinião, gosto de seguir pessoas inteligentes.
Mas agora eu nem consigo abrir o FB no trabalho porque é só imagens! é só vídeos! é só tralha! Uma entropia enorme, até ler um comentário dum amigo meu tenho de fazer scroll por 10 coisas sem jeito nenhum. Mesmo vários amigos unfriend e outros tantos a não aparecer na news feed, a retirar 80% das páginas que subscrevi, começa a ficar difícil.
Então acho que vou voltar ao blog, ao meu cantinho calmo e escondido, colocando links ao blog no FB.
Afinal, fazia sentido: os posts curtos e diretos, comentários, poderiam ser partilhados imediatamente por todos os meus amigos enquanto que no blog ninguém me lê. Com o tempo o que não fazia sentido escrever no FB deixou de fazer sentido de escrever no blog, a não ser que fosse algo muito comprido.
Mas, com o tempo o Facebook tornou-se mau. Mau no sentido que é uma entropia e eu não consigo receber informação nenhuma! Eu gostava do Facebook pois tal como conseguia transmitir os meus comentários pelos meus amigos todos, também conseguia ler o que eles pensavam. Tenho N pessoas adicionadas no FB, que embora não as conheça pessoalmente, gosto de ler a sua opinião, gosto de seguir pessoas inteligentes.
Mas agora eu nem consigo abrir o FB no trabalho porque é só imagens! é só vídeos! é só tralha! Uma entropia enorme, até ler um comentário dum amigo meu tenho de fazer scroll por 10 coisas sem jeito nenhum. Mesmo vários amigos unfriend e outros tantos a não aparecer na news feed, a retirar 80% das páginas que subscrevi, começa a ficar difícil.
Então acho que vou voltar ao blog, ao meu cantinho calmo e escondido, colocando links ao blog no FB.
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