4 de março de 2011

The Wonder Weeks

O livro que temos seguido para o primeiro ano de vida da Lara é o The Wonder Weeks.

Antes de explicar a filosofia, gostaria de dizer que fiquei muito admirado quando o meu pai e a minha mãe, que não caminham para novos, reconheceram o nome dos dois autores (que são um casal). Logo não é nenhum mambo-jambo new age com teorias novas. É algo já com alguns anos.

A filosofia do desenvolvimento da criança é simples: O bebé passa por várias etapas em que efectua saltos de desenvolvimento, ou seja, o desenvolvimento não é continuo. Nestes saltos, para além de ganharam novas capacidades (seja motoras, cognitivas ou sensoriais), é também quando o bebé está mais confuso, irritado, difícil.

Imaginem que são um bebé que nasce com uma visão diferente da visão de um adulto. Ao inicio não se reconhecem bem as cores (se é que se reconhece de todo, penso que até vêm só preto e branco), não conseguem focar objectos que estão longe, vê-se tudo nublado. Tipo cão. De um momento para o outro essa visão sofre um upgrade, de repente reconhece-se cores, foca-se objectos, vê-se mais nitidamente. Qual seria a vossa reacção?

Provavelmente entrar em pânico pois é todo um novo mundo à nossa volta,  toda uma nova quantidade de informação que o nosso cérebro tem de processar e interpretar que antes não conhecia. É a confusão total! O que é que um bebé faz? Chora, claro. Quer estar em contacto com a mãe, ser acalmado, etc etc. Até o bebé conseguir dominar estas novas capacidades, vai passar um período difícil. Quando, finalmente, domina, então o bebé explora todas essas novas capacidades, demonstrando aos pais o que consegue fazer de novo.


E o ciclo continua, depois de um ciclo calmo o bebé obtém novas capacidades o que implica um novo período de confusão.

O que significa isto para os pais? Significa que quando o bebé passa um dia inteiro a chorar e a pedir colo, ele na verdade está a lutar para dominar uma nova capacidade, que está numa fase de desenvolvimento, e que este bebé deve ser apoiado e acalmado em vez de se achar que é um bebé mimado ou difícil e deixa-lo na cama a chorar.

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