Gostei da série. Só vi um episodio e ainda não gosto dela tal como gosto dos Lost ou do 24 ou das Desperate Housewives ou do House. Primeiro porque não é aquele thriller que me agarra em todos os episódios como o Lost e o 24. Porque não lida tanto com relações interpessoais como as Desperate e o House. E também não tem a medicina do House.
Mas o Numb3rs tem a matemática. E como engenheiro que vou ser, a matemática é diaria. Sou obrigado a usa-la e a gostar dela. E a vantagem da matemática é que é lógica e certa.
Seja como for, depois de ter ficado um bocado desconfiado do primeiro episódio, vi que, como seria obvio, este é consultado por vários matemáticos. E que as equações lá descritas são mesmo verdadeiras. Pelo que vi até há um episodio que mete o Bayes no meio!
Pelo menos sei que não é ficção.
Agora, para variar, um dialogo que reti deste episódio não tem nada a ver com isto:
- Larry...E nisto, tal como acontece tantas vezes no House, existe um pormenor. O ser humano não é matemático. Considero o ser humano aleatório. Dai eu falar tanta vez na Teoria do Caos. Visto o ser humano ter capacidade de decidir, as possibilidades são infinitas.
algo deu errado e eu não sei o que.
E agora é como se não conseguisse nem pensar.
- Bem, deixe-me adivinhar.
Você tentou solucionar um problema envolvendo comportamento humano e isso explodiu na sua cara.
- Sim, bem perto.
- Ok, bem, Charlie, você é um matemático.
Você está sempre procurando por uma solução elegante.
O comportamento humano é raramente, se é, elegante.
O universo é cheio desses estrondos e reviravoltas.
Sabe, talvez você precise fazera equação menos elegante,
mais complicada, menos precisa, mais descritiva.
Pode não ser fácil, mas deverá funcionar um pouco melhor.
E, Charlie, quando você está trabalhando com problemas envolvendo humanos, vai ser doloroso e desapontador.
Isto é como ter um par de particulas num espaço finito. Elas tão lá, batem nas paredes e batem uma na outra. O comportamento pode ser calculado. A matemática pode e deve ser aplicada
A partir do momento que as particulas consigam decidir para onde vão, tá tudo estragado. Não se pode aplicar matemática aqui. Pode-se, tal como se faz no episódio, fazer um sistema que descreva essa comportamento com alguma probabilidade, dando determinados dados.
É tipo aqueles estudos que a pessoa X tem probabilidade Y de fazer a coisa Z. Se Y for 99% então diria-mos que a pessoa X vai fazer a coisa Z. Mas é uma pessoa e o mais provavel é fazer o outro 1%.
Ok, isto não faz muito sentido, mas perceberam o que eu tou a tentar dizer.
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