21 de setembro de 2012
Jantar segundo a Lara
Ontem aconteceu uma das coisas que me dá mais prazer com a cachopa pequena: termos uma refeição juntos e, neste caso, é literalmente partilhar a refeição.
Disclaimer: o raio da miúda é uma chata para comer, só come o que quer e quando quer. Não é uma questão de não gostar, várias vezes se recusa a comer algo que sabemos que ela gosta, só porque sim, e nem é preciso provar, basta por os olhos em cima do prato que solta logo o "neeeeee".
Desde que ela começou a comer só o que nós comemos, ou seja, não andamos a preparar comida especial para ela, que tenho tentado criar o hábito de ela estar presente na mesa, na sua cadeirinha, mesmo que não queira comer (o que geralmente leva a ela fartar-se de estar na cadeira ou então termos de lhe dar outra coisa qualquer para comer).
Quando ela, finalmente, começou a querer pegar no garfo/colher para comer sozinha, levando ela própria o garfo/colher à sua boca, isso abriu a oportunidade de realmente eu e ela comermos ao mesmo tempo, não é possível eu comer e dar-lhe de comer ao mesmo tempo (bom, é, mas já lá vamos).
O que geralmente faço, quando não é um dos pratos favoritos dela, é por o meu prato no tabuleiro da cadeira dela e sentar-me à frente dela, comendo os dois literalmente ao mesmo tempo e do mesmo prato, tendo ela o seu garfo/colher que pode usar para se divertir.
Ontem foi um desses dias, mesmo com ela a fugir de mim quando lhe disse que íamos comer (ela foge para a sala e esconde-se atrás do sofá enquanto diz o famoso "neeeee") e resmungando quando a pus na cadeira e lutava contra por-lhe o babete, lá se acalmou quando viu a perna de peru assada no forno acompanhado de...bom, é uma cena sérvia que não existe em Portugal, são os chamados Mlinci que é basicamente massa de pão cozida.
E quando eu comecei a comer lá ela começou a aceitar bocadinhos de carne e mlinci, claro que não podem ser bocados de carne muito grandes senão ela cospe. Ah, já agora, esta cachopa não come segundo quantidades mas sim segundo número de garfadas, ou seja, tanto faz se comeu muito ou pouco, passado X garfadas ela farta-se, logo convém dar o máximo possível de comida que ela consiga mastigar em cada garfada, mas não pode ser muito grande senão ela farta-se de mastigar e deita fora...enfim...parece fácil!
E, como ela ainda não fala nada, tirando algumas palavras, não podemos estar a comer e a falar como foi o nosso dia, portanto passamos o jantar a fazer caretas um ao outro!
Mas pronto, como disse, isto não é todos os dias, é quando ela quer. Claro que se lhe desse uma fatia de pizza ou um esparguete à bolonhesa até se lambuzava toda...de porcarias gosta ela!
17 de setembro de 2012
Manif 15 de Setembro
Talvez por essa razão, estive o fim-de-semana todo, de forma consciente, sem prestar atenção à manif e recolhi as opiniões na segunda-feira.
Primeiro, o óbvio. Esta manif foi grande, muito grande. Para mim, não em termos de números mas em termos de distribuição geográfica. Finalmente as pessoas perceberam (aqui graças à manif 12M) que não é preciso ir tudo num autocarro para Lisboa, basta manifestar-se na maior cidade mais próxima. E tivemos mais de uma dezena de cidades cheias de pessoas! Isto tem muito mais impacto do que se tivessem 5 milhões de pessoas em Lisboa/Porto. Isto é, realmente, o país inteiro a manifestar-se.
Segundo, os motivos. Sendo uma manif apartidária, de iniciativa própria, a começar no Facebook (para ser sincero, não sei quem começou, mas ao contrário da 12M não há cá outros interesses), foi algo bonito de se ver. Por outro lado, o nome é muito mal conseguido ("Que se lixe a troika", a sério?) e não há consequência direta da manif. Seria algo que a 12M queria fazer, mas como deve de ser, a criação de uma plataforma cívica ou algo do genero, que representasse as ideias e vontades do povo, mas já vamos a isso.
O problema da manif desta forma é que no dia seguinte é como se nada tivesse acontecido, não existe repercussão direta no governo e nas suas medidas. Ok, está será a primeira manif de vários eventos (greves, manifs dos sindicatos, etc) mas tirando isso e o levantamento a curto-prazo da moral do povo...pouco mais sai.
O que sai da manif é a mensagem, a mensagem do povo. Essa mensagem não é ouvida, é certo, mas foi transmitida. E isso também é importante.
Posto isto, qual é a minha ideia?
A solução não é que o governo tem de cair, que o Pedro Passos Coelho (PPC) tem de sair. Isso não resolve nada, o povo vota no PS e vem o Seguro, vai tudo dar ao menos, para além de se andar a perder tempo (eu já digo isto desde o tempo do Sócrates).
Eu não sou contra o governo, sou contra as medidas do governo. E, se o governo fosse esperto, ouviria a mensagem desta manif a adaptaria as medidas a essa mensagem. Mas não o vai fazer.
Farto do Facebook, de volta ao blog?
Afinal, fazia sentido: os posts curtos e diretos, comentários, poderiam ser partilhados imediatamente por todos os meus amigos enquanto que no blog ninguém me lê. Com o tempo o que não fazia sentido escrever no FB deixou de fazer sentido de escrever no blog, a não ser que fosse algo muito comprido.
Mas, com o tempo o Facebook tornou-se mau. Mau no sentido que é uma entropia e eu não consigo receber informação nenhuma! Eu gostava do Facebook pois tal como conseguia transmitir os meus comentários pelos meus amigos todos, também conseguia ler o que eles pensavam. Tenho N pessoas adicionadas no FB, que embora não as conheça pessoalmente, gosto de ler a sua opinião, gosto de seguir pessoas inteligentes.
Mas agora eu nem consigo abrir o FB no trabalho porque é só imagens! é só vídeos! é só tralha! Uma entropia enorme, até ler um comentário dum amigo meu tenho de fazer scroll por 10 coisas sem jeito nenhum. Mesmo vários amigos unfriend e outros tantos a não aparecer na news feed, a retirar 80% das páginas que subscrevi, começa a ficar difícil.
Então acho que vou voltar ao blog, ao meu cantinho calmo e escondido, colocando links ao blog no FB.
6 de junho de 2012
Game of Thrones - Season 2 - Episódio 10 - Review
King's Landing
Tyrion acorda na presença de Maester Pycelle e pergunta onde está e o que aconteceu. O maester informa-o que o seu pai ganhou a batalha mas Tyrion também se apercebe que muita coisa mudou enquanto esteve a dormir, está num quarto mais pequeno e sujo, já não é o Hand of the King, Bronn foi dispensado de chefe da guarda da cidade, enfim, sem amigos nem aliados.
Joffrey, no seu trono, recompensa o seu pai como o salvador da cidade e torna-o o novo Hand of the King (tecnicamente ele sempre foi o Hand). Littlefinger recebe o castelo de Harrenhal por ter tornado a aliança Lannister-Tyrell possivel. A Loras Tyrell pergunta-lhe o que este quer e ele diz que deseja que a sua irmã se torne rainha pois Maergery está fascinada com o rei (yeah right). Joffrey promove um pequeno teatrinho, recusando pois está prometido a Sansa Stark mas após os apelos de Cersei e de Maester Pycelle que informa que aos olhos dos deuses ele pode mudar, Joffrey aceita então a mão de Maegery. Sansa, visivelmente contente, é abordade por Littlefinger que a avisa que ela ainda não está totalmente em segurança e promete-lhe ajuda para a retirar de King's Landing.
Varys visita a prostituta Ros e convence-a a virar-se contra Littlefinger. Varys visita também Tyrion e diz-lhe que reconhece que King's Landing foi salva do ataque de Stannis devido a Tyrion mas que, infelizmente, esta é o maior reconhecimento que terá pois este não receberá nenhum crédito, apenas o seu pai. Varys traz também Shae ao quarto e esta implora a Tyrion para fugirem de King's Landing mas Tyrion recusa pois é ali o seu lugar, nestas intrigas e politicas, que é o que ele gosta e onde é bom. Shae também pede para ver o corte que Tyrion sofreu.
Aqui não há muito a assinalar, a cerimónia de Joffrey foi tal e qual como nos livros, apenas o pormenor de a futura tama Littlefinger-Sansa começar aqui. Para ser sincero, não percebi bem a parte de Varys e Ros, pois visto que Ros não está nos livros, não sei bem o que estão a tentar fazer.
Um dos detalhes que estava curioso para ver era a cicatriz de Tyrion. No livro, Tyrion sofre uma cicatriz horrivel, perdendo parte do nariz no ataque ficando, basicamente, desfigurado. Ora, como não acredito que fosse cortar o nariz a Peter Dinklage ou tornar a personagem repugnante aos olhos dos espectadores, tinham de obter uma cicatriz convincente mas ao mesmo tempo que não fosse feia para a televisão. O resultado...não é mau mas eu acho que podia ser maior, mesmo ignorando a parte do nariz Tyrion quase que morreu, deveria ter uma cicatriz a sério. Vamos ver como estará no inicio da próxima season.
Dragonstone
Em Dragonstone, Stannis está furioso por ter perdido a batalha e acusa Melisander de lhe ter mentido, afinal esta tinha visto a visão da sua vitória. Melisandre diz-lhe que perder uma batalha não é perder a guerra, mas Stannis está tão furioso que quase a estrangula, pois até o seu irmão Renly morreu por causa de Melisandre. Melisandre diz que Renly morreu também por causa de Stannis, ela não está sozinha nessa responsabilidade, e avisa-o que ele irá trair tudo e todos no seu caminho para a vitória nesta guerra. Por fim, Melisandre pede-lhe para ver dentro do fogo e Stannis, finalmente, parece ter as mesmas visões que Melisandre.
Gostei do facto de Stannis não só estar irritado com a derrota mas também aperceber-se que certas decisões têm um custo e arrepender-se da morte do irmão. Agora a parte do estrangulamento...não sei se era necessária. E a parte do fogo...pedia algo mais dramático! Ver Stannis a olhar para uma pequena labareda dum fogareira com carvão...epá, ao menos que fosse algo mais imponente, que Melisandre fizesse algo.
Robb Stark
Robb avisa a sua mãe, Cately Stark, que não vai casar uma das filhas do Lord Frey, como prometeu na primeira season, mas sim a enfermeira Talisa. Cat avisa-o que se elel próprio não consegue manter a sua palavra então não pode esperar que os homens que o seguem mantenha. Mas Robb não quer saber disso para nada e casa com Talisa numa cerimónia privada.
Entretando, Brienne continua a levar Jamie Lannister para King's Landing. Quando encontram três corpos de mulheres enforcadas pelas tropas de Robb Stark, são abordados por três homens, os que cometeram esse crime. Brienne e Jaime tentam disfarçar quando os homens pergunta e reconhecem que é Jaime Lannister, mas nada feito, e Brienne é obrigada a mata-los, de forma bastante brutal até. Quando Jaime, surpreendido, lhe diz que são tropas Stark, ela diz que serve Lady Cately e não Robb Stark.
Ah, finalmente Robb casa a enfermeira. Não consigo gostar mesmo deste casal. Desta trama não há muito a dizer mas a trama Brienne-Jaime começa e assistimos aos primeiros momentos e começamos a ver o nascimento da admiração de Jaime Lannister com Brienne. No fundo, Brienne e Jaime são iguais, soldados exímios, máquinas de combate, apenas de sexo diferente. Para Jaime a vida é simples: ele nunca teve um adversário à altura. Para Brienne a vida é simples: ela nunca teve um adversário à altura e é mulher. E, pela primeira vez na vida, Jaime Lannister vai encontrar alguém que pode ser um adversário ao seu nível e...mulher!
Harrenhal
Arya, Gendry e Hot Pie escapam do castelo de Harrehal e, pelo caminho, encontram Jaqen. Jaqen oferece a oportunidade de levar Arya consigo para a treinar e ser como ele mas Arya, embora admitindo que é isso que quer, diz que tem de encontrar a sua familia primeiro. Jaqen dá-lhe uma moeda e uma palavra passe, o titulo do episódio: Valar Morghulis, e diz que se mostrar aquela moeda e dizer aquela frase a alguém de Braavos, essa pessoa a levará até Jaqen. Por fim, Jaqen mostra verdadeiramente quem é, um faceless men, alguém que é capaz de mudar a sua identidade.
Aqui começa aquela que será das tramas mais empolgantes da série...espero eu, porque há aqui pequenos detalhes que me começam a assustar. Primeiro, que é isto da Arya querer procurar a familia e, note-se o detalhe, dela referir o nome da irmã no fim e com esforço. Ok, Arya é uma rapariga nova mas não é uma criança. Na TV não foi mostrado, por razões óbvias, mas no livro, por esta altura, Arya já tinha morto várias pessoas. Arya é uma solitária, uma justiceira, que ainda não se encontrou mas a sua familia começa a passar para segundo lugar, nem que seja porque, simplesmente, ela está separada da familia. Além disso, toda a cena da moeda e da frase "Valar Morgulis" não teve emoção. Até a própria mudança de identidade foi sem emoção, quando no livro Jaqen passa a mão pela cara enquanto esta muda. Seria assim tão dificil fazer isto? Seria um pormenor que criaria emoção. Tal como dizer "Valar Morghulis" rápido duas vezes não é nada, quase que nem se percebeu o que diziam. E o Hot Pie, não o despacham?
Winterfell
Theon Greyjoy está cercado pelos homens do filho de um dos homens de Robb Stark (acho que nem disseram o nome, é o bastardo Ramsay já agora). Irritado pelo constante tocar de uma corneta, Theon dialoga com Maester Luwin acerca das suas hipoteses de sobrevivência. O maester aconselha-o a fugir durante a noite e ir para norte, para se enlistar na Night's Watch onde lá todos os seus crimes seriam perdoados e ele teria uma vida nova. Theon, num momento de franqueza, rejeita e diz que está sozinho no mundo, o seu pai não quer saber dele, traiu a familia Stark onde cresceu mas nunca se sentiu um membro e agora não tem hipotese de salvação, prefere morrer a tentar pois chegou a um ponto de não retorno.
No pateo de Winterfell, num grande discurso, Theon apela aos seus 20 homens para o ataca suicida que quer fazer mas um dos homens dele dá-lhe uma traulitada na nuca, enfia-lhe um saco na cabeça, e piram-se de Winterfell, sem antes espetar uma lança na barriga do maester Luwin.
Depois disto tudo, Osha e os irmãos Stark saem da cripta e reparam que Winterfell foi posta a fogo, destruida e todos os habitantes mortos. O grupo encontra o maester na árvore da Godswood, onde o maester os esperava antes de morrer, e diz-lhe para estes irem para norte, para a Wall, onde Jon Snow os pode ajudar. Antes de partirem, pede a Osha para o ajudar a morrer e diz-lhe que ela é, agora, responsável pelos irmãos Stark.
Este é, para mim, o pior fecho das tramas onde fica muito por explicar e sem se perceber. Primeiro, quem pegou fogo a Winterfell? Os homens de Theon ou os Northernmen que estavam a cercar o castelo? Então Osha sai das criptas sem se aperceberem que do que tinha acontecido lá fora? Certamente iremos saber na terceira season mas...
Alfie Allen, não me canso de dizer, não me para de surpreender com o seu Theon Greyjoy. A conversa, quase em desespero, com maester Luwin foi extremamente convincente onde o pobre do Theon abre o seu coração e diz tudo o que sente. O discurso aos seus homens foi brutal, admito que fiquei todo arrepiado, muito melhor que o discurso de Tyrion no episódio passado. Embora a solução para Theon de este ser levado (ou não) pelos seus homens em vez de atacar os Northernmen seja esperta, o que lhe acontece? É claro que Theon está vivo mas falta aqui algo, há um buraco na história que não se percebe. A minha aposta, sabendo o que vai acontecer, é que os Ironmen usaram Theon como moeda de troca para escaparem, pois Robb Stark pediu Theon vivo.
Qarth
Finalmente, após uns 4 episódios, Daenerys entra na House of the Undying para recuperar os seus dragões do warlock Pyat Pree. Num acto de magia, Daenerys é a única que entra na torre encontrando-se numa sala com muitas portas. Entrando numa, chega a uma tenda (passando pelo portão da Wall) onde está Khal Drogo com o suposto filho do casal. Num momento de nostalgia, Khal Drogo fala do que seria a possivel vida deles e que não sabe qual deles está a sonhar. Daenerys, claramente emocionada por ver o seu amor e o seu filho perdido, repete as palavras que lhe foram ditas quando Khal Drogo morreu e retira-se, encontrando os seus dragões acorrentados. Pyat Pree faz a sua aparição e, num dos seus actos de artes negras, acorrenta Daenerys também, confessando que quando os dragões voltaram ao mundo a sua magia também voltou, e com Daenerys juntos dos dragões a magia ainda é mais forte, planeando manter todos presos na torre para sempre de forma a ser poderoso. Daenerys, usando a palavra que ensinou aos dragoes, Dacarys, faz com que estes expelem fogo e matem o warlock e derretam as correntes enquanto Daenerys não sofre nada, pois sabemos deste o ultimo episódio da primeira season que ela é imune a esse fogo.
Daenerys volta e encontra Xaro na cama com a sua antiga criada, descobrindo que esta a traiu. Pegando neles e na chave do cofre de Xaro, abre-o e repara que está vazio, afinal era tudo uma mentira. Agradecendo a valiosa lição a Xaro, prende-o mais à criada no cofre. Enquanto pilham os pertences de Xaro, Jorah Mormont diz que deverá chegar para comprarem um pequeno navio.
A sensação que fiquei foi: 4 episódios à espera para isto. Não me interpretem mal, eu sei que nem tudo pode ser igual ao livro, especialmente nesta trama, era impossivel colocar tudo. No livro, Daenerys anda de porta em porta a ter visões, algumas mais estanhas que outras, e no fim os warlocks atacam-na para obter o seu poder. E foi mais ou menos o que vimos. No momento de escolher uma visão, escolheram Khal Drogo e o seu falecido filho, algo que deu um toque familiar, aquela sensação de eu poderia ter tido isto. No fim, a forma de Daenerys despachar o warlock também não está mal conseguida. Apenas acho que poderiam ter dado mais tempo a Daenerys, ela merecia isso esta season.
Beyond the Wall
A comitiva que leva Jon Snow e Qhorin Halfhand continua o seu percurso e Qhorin, numa tentativa de demonstrar que Jon Snow traiu a Night's Watch, insulta e ataca Jon Snow. Este, defende-se como pode, acabando por matar Qhorin, que, no seu último suspiro, lhe diz que "We are the watchers of the Wall". Jon Snow é liberto das suas amarras e Ygritte mostra-lhe, finalmente, o acampamento dos Wildlings, um mar de gente no fundo de um vale e diz-lhe que Mance Rayder espera por ele.
No grupo que ficou para trás dos rangers da Night's Watch, Sam, Grenn e Edd andam a apanhar material para o fogo quando ouvem 3 toques da corneta, o que significa White Walkers. os três fogem mas Sam cai e quando se levanta, já está rodeado de White Walkers. Escondendo-se atràs de uma pedra, observa uma horda destes seres a passar por eles, principalmente um imponente White Walker num cavalo meio-morto que olha directamente nos olhos de Sam, com aqueles grandes olhos azuis.
Esta tenho de criticar porque acabam por tornar o Jon Snow num idiota chapado que não tem vontade própria. O ataque de Qhorin é o suposto mas facilmente não se percebe a razão. Há dois episódios atrás Qhorin diz a Jon que ele tem de fazer o que tem de ser feito quando a altura chegar e, neste episódio, ataca-o. O objectivo é que Jon Snow se infiltre nos wildlings de forma a poder salvar a Night's Watch quando for necessário, um agente duplo portanto. Mas não é essa a impressão com que se fica. Jon Snow mais parece que vai para onde os outros o mandam, é atacado por Qhorin e defende-se porque tem de se defender. Jon Snow fica livre dos wildlings porque estes o libertaram. Seria mais explicito caso Qhorin dissesse algo diferente antes de morrer e, principalmente, caso Jon Snow só fosse libertado quando fosse apresentado a Mance Rayder. Assim é do tipo: mataste o Qhorin logo és nosso amigo. Ora, ele não o matou porque quis, matou porque foi obrigado, em defesa, e isso não chega, os wildlings não são parvos. Até o seu irmão, Robb Stark, que esse sim, é um idiota, casou com Talisa por sua vontade, a escolha foi dele. A questão é que no livro é possivel ler os pensamentos de Jon Snow, a dualidade de lealdades que ele tem ao longo do tempo que está com os wildlings, mas na série não é possivel ouvir os pensamentos dele, logo estas mensagens têm de ser mostradas explicitamente.
Em relação ao grupo de White Walkers, bem, concordo que faltava um bocado de acção e que falta mostrar, explicitamente, afinal que seres são estes. É que os wildlings querem atacar a Wall por uma razão, os Night's Watch foram ter com os wildlings por uma razão e essa razão são os White Walkers. A parte de Sam ficar atrás de uma pedra, cena tipica de um filme de terror, não me choca, mostra que os White Walkers têm um propósito e também abre, de forma muito discreta, a trama de Sam.
5 de junho de 2012
Game of Thrones - Season 2 - Episódio 9 - Review
Este episódio tem a característica de se focar apenas na trama de King's Landing e durante a batalha.
King's Landing
A frota de Stannis Baratheon vai atacar esta noite. Davos dialoga com o filho, sendo este um fervoroso religioso quando Davos é um homem realista e pragmático. Enquanto o filho achas que o Lord of Light os protegerá e vai para resgatar a cidade das mãos do mal, Davos sabe bem que são Stannis é visto como um invasor aos olhos da população de King's Landing.
Na cama, Tyrion e Shae discutem a possibilidade de perderem a batalha, algo que Tyrion admite ser possível e que, obviamente, tem medo que aconteça. Shae dá-lhe então uma ultima noite para ele não se esquecer. Ao mesmo tempo, Maester Pycelle dá a Cersei um veneno para usar em caso de derrota pois Cersei acredita que Stannis não terá nenhuma piedade pelos Lannister. Ao mesmo tempo, Bronn e os seus homens divertem-se num bar e chega o The Hound, que não é muito dado para festas. Quando ambos estão quase a entrar em conflito, os sinos começam a tocar indicando que a frota de Stannis chegou.
Varys leva a Tyrion um mapa das catacumbas de King's Landing, indicando que o rei Targaryen encomendo os túneis de forma a haver escapatória da cidade caso esta fosse capturada. Joffrey, já na sua armadura, vai a sair do Red Keep e chama Sansa para esta beijar a sua nova espada como boa sorte. Sansa provoca-o perguntando-lhe se este vai estar na linha da frente da batalha, pois se o seu irmão Robb está e este é um traidor, então Joffrey deveria fazer muito mais. Joffrey, enervado e amedrontado, esquiva-se e diz-lhe que um dia dará um sorriso vermelho a Robb Stark com aquela espada, tal como o fará agora a Stannis.
Cersei leva todas as mulheres e crianças da nobreza para Maegor's Holdfast, de forma a estas estarem em segurança, reparando em Sansa e na sua criada, Shae. Quando Sansa pergunta porque é que Ser Ilyn Payne está presente, Cersei diz que é para as proteger e inicia uma conversa com Shae descobrindo facilmente que ela não é da nobreza e que está a mentir, à medida que começa a beber. Cersei também discute com Sansa que está é demasiado inocente e que dever´dar graças ao facto de estar menstruada pois caso a cidade caia, uma série de violações ocorreram e Sansa não poderá ficar grávida.
A frota de Stannis aproxima-se das muralhas de King's Landing e repara que não existe nenhum barco a defender a cidade. Nenhum não, existe um barco solitário. Davos, começando-se a aperceber que está algo errado, manda armar os arqueiros. Quando esse barco solitário se aproxima, Davos repara que não está tripulado! Algo de muito errado se passa e, demasiado tarde, Davos apercebe-se de que o barco está a espalhar wildfire à sua volta e ordena que a frota de Stannis inicie manobras evasivas. Nisto, Tyrion dá um sinal e um arqueiro envia uma única seta em fogo para o barco.
Assim que a seta atinge o barco, uma gigantesca explosão ocorre mandando aos ares metade da frota de Stannis, incluindo o barto de Davos. Mesmo com este golpe, Stannis Baratheon ordena que as restantes tropas desembarquem para atacar as muralhas a pé!
Tyrion comanda então o The Hound a deslocar-se para o portão para atacar as tropas de Stannis. O Hound, durante a luta, apercebe-se que está rodeado de fogo e é tomado de assalto pelo seu medo de infância (o seu irmão é que lhe provocou a cicatriz na cara ao por-lhe a cabeça numas brasas). Em pânico, retira-se para a cidade e manda tudo às urtigas, desertando!
No ataque, Lancel Lannister é ferido e retira-se para dentro do castelo, indo a Maelgor's Holdfast dar informações da batalha a Cersei. Cersei revela que Ilyn Payne está ali presente para as matar caso Stannis conquiste a cidade. Cersei ordena então Lancel que Joffrey se retire para o seu quarto para se manter em segurança, mesmo após Lancel lhe explicar que isso iria baixar a moral das tropas. Cersei retira-se também e Sansa, vendo-se sozinha e com as pessoas a começarem a entrar em pânico, toma posição e pede calma a todos. Quando se retira para o seu quarto, repara que o Hound está lá! Hound diz que está farto disto tudo e que se Sansa quiser, ele pode leva-la a Winterfell prometendo não a magoar. Sansa, claramente em dúvida mas não confiando em ninguém, recusa a oferta.
Tyrion, de repente, vê-se sozinho, sem Joffrey e sem o Hound. Assim que as tropas começam a questionar por quem é que devem lutar e onde está o rei, Tyrion diz que ele próprio é que vai liderar um combate, efectuando um discurso em que apela às tropas para lutarem não pelo rei mas sim pela sua cidade e pela sua familia!
Durante isto tudo, as tropas de Stannis chegam às muralhas e Stannis é o primeiro homem a subir as escadas e entrar na cidade, enquanto as tropas começam a forçar o portão. Tyrion leva as tropas por um tunel secreto e ataca as tropas pela rectaguarda, conseguindo impedir que o portão seja aberto. Enquanto as tropas de Tyrion festeja, este vê que uma força maior de Stannis vem a caminho para os atacar. A batalha recomeça e Tyrion, de surpresa, é atacado por Ser Mandon e este é morto pelo escudeiro de Tyrion. Enquanto Tyrion desmaia, repara que uma a cavalaria d
o seu pai chega em auxilio e Stannis, contra a sua vontade, é obrigado a bater em retirada pelas suas tropas.
No Iron Throne, Cersei está prestes a dar o veneno ao seu filho Tommem, pensando que a cidade está condenada, quando as portas se abrem e entram Ser Loras Tyrell e Tywin Lannister que declara que a batalha está ganha!
Só tenho uma palavra para este episódio: Épico! Tal como eu sonhava, a batalha de Blackwater Bay foi épica. É preciso ver que no livro esta batalha dura vários capítulos e é mais complexa militarmente, havendo duas batalhas reais, uma naval e uma de infantaria. Tirando os pormenores militares, que nunca poderiam ser replicados devido a razões de orçamento, a nível de personagens pouca coisa mudou.
Por onde começar? Basicamente, neste episódio, temos duas tramas. Tyrion e Cersei que são também as duas forças em King's Landing. Tyrion representa a componente militar, o homem que tem de efectuar as coisas por ele próprio para atingir os seus objectivos. Cersei representa a componente humana da batalha, ela que não pode fazer muito para além de salvar os seus filhos e ela própria.
Com Cersei temos os constante dialogos com Sansa Stark e, como tenho vendo a dizer todos os episódios, Sansa cresce e torna-se cada vez mais uma mulher, tendo uma presença mais forte e tomando decisões. É notório isso quando Sansa acalma as pessoas em Maelgor's Fast sozinha após Cersei ter fugido ou quando provoca Joffrey antes da batalha coeçar. Cersei, por seu lado, na sua ânsia de proteger Joffrey põe em causa toda a defesa da cidade ao mandar retira-lo da batalha.
Tyrion, como sempre, luta sozinho, ganhando até a admiração de Varys que o confessa várias vezes durante esta season. Com um Joffrey amedontrado e com a deserção do The Hound, Tyrion tem de ir para a batalha sozinho. O ataque a Tyrion foi bem feito, de forma repentina e sem aviso, como deveria de ser. A parte dele ver as tropas do seu pai a chegarem enquanto desmaia foi bem pensado.
Uma nota para o papel de Jack Gleeson (Joffrey) para indicar, outra vez, como ele consegue fazer o papel de irritante e arrogante tão bem! Mas neste episódio a forma como ele estava borradinho de medo, impecável.
Outra nota para a parte final em que Loras Tyrell entra primeiro que Tywin enquanto tira o capacete. Eu nesta altura até exclamei pois tinha-me esquecido completamente que os Tyrell iam ao encontro de Tywin.
E os efeitos especiais? A parte da explosão de Wildfire foi espetacular, aquela cena em que Tyrion e Joffrey observam a explosão ficando tudo, momentaneamente, como se fosse de dia...brutal.
Este episódio foi tão bom que há pouco a apontar, esteve tudo muito bem feito. Resta agora o último episódio para terminar as outras tramas!
28 de maio de 2012
Game of Thrones - Season 2 - Episódio 8 - Review
King's Landing
Tyrion e Bronn planeiam a defesa de King's Landing, afinal a armada de Stannis Baratheon está a um par de dias de distância. Varys chega e ele e Bronn gozam com Tyrion que não é a ler livros antigos que ele vai lá. Tyrion então lembra-se que King's Landing tem armazenado toneladas de wildfire e planeia usar isso na defesa da cidade.
Mais tarde, Tyrion janta com Cersei e esta, mais uma vez, acusa-o de querer matar Joffrey na batalha, após ter enviado Myrcella para Dorne, basicamente, para atacar e destruir Cersei. Tyrion diz que, quer queira quer não queira, Joffrey é o rei e tem de dar o exemplo e estar no meio das tropas para levantar a moral, se o rei é um maricas que se esconde ninguém vai lutar por ele. Cersei diz então que descobrei o segredo de Tyrion, a sua prostituta, e que se acontecer alguma coisa a Joffrey a rapariga vai sofrer. Tyrion, visivelmente preocupado mas tentando esconder as suas emoções, diz que quer uma prova de que ela esteja viva e Cersei manda entrar uma rapariga. Mas afinal a rapariga é Ros! Tyrion, fingindo, diz que irá protege-la e jura vingança a Cersei. Quando chega ao quarto, Tyrion confirma que Shae continua viva.
Mais tarde, Varys informa Tyrion que Daenerys Targaryen está viva e tem 3 dragões, mas até que os dragões cresçam...Tyrion diz que isso é um jogo para ser jogado mais tarde, agora tem uma batalha para se preocupar.
Beyond the Wall
Jon Snow é levado ao Lord of Bones, aka Rattleshirt, e repara que Qhorin Halfhand também foi capturado. Lord of Bones quer o Jon Snow morto ali no momento mas Ygritte intervem e diz que não, que Mance Rayder gostaria de falar com Jon Snow. Assim Ygritte saldou a sua divida com Jon Snow. Jon Snow apercebe-se que o resto do grupo foi morto devido à sua fraqueza em não matar Ygritte e Qhorin diz-lhe, implicitamente, que deverá infiltrar-se no grupo dos Wildlings. Como? Fazendo o que tem de ser feito.
Aqui não há muito a dizer. Gostei da fatiota do Lord of Bones, estava curioso para ver como fariam. Também estava curioso para ver como fariam a captura de Qhorin mas, assim, foi directo, Jon chega lá e ele já foi capturado. E para Jon aprender, ainda puseram as culpas em cima dele!
Harrenhal
Lord Tywin decide atacar o exercito de Robb Stark, visto que este agora está preocupado com Winterfell. Arya, aflita, ainda procura Jaqen para nomear Tywin mas já não vai a tempo e decide, então, escapar de Harrenhal. Mas para isso precisa da ajuda de Jaquen mas este diz-lhe que só tem um nome disponível e ajuda-la a escapar é mais que um nome. Arya, esperta, nomeia então o próprio Jaqen! Jaqen pede-lhe para desnomear e esta só o faz se ele a ajudar. Como prometido, quando Arya, Hotpie e Gendry vão para sair pelo portão do castelo, os guardas já estão mortos.
Acabou-se a relação Tywin-Arya, que pena! E agora começa a grande aventura de Arya, agora é que vai ser. Mais um grande momento Jaqen-Arya, a cara de Jaqen preocupado por ter sido nomeado mas, ao mesmo tempo, com aquela calma que ele tem. Só me pergunto quanto tempo aguentará Hotpie!Robb Stark
Robb chega e tem a noticia que a sua mãe ajudou o Kingslayer a escapar! Robb, irritadissimo, mete a própria mãe sob guarda, mesmo após esta lhe explicar que o fez de forma a poder ter as suas filhas de volta. Mais tarde, a enfermeira Talisa vem ter com Robb e explica-lhe porque é que uma filha de um nobre de Volantis está a amputar soldados em Westeros. Finalmente, Robb e Talisa caem nos braços um do outro e passam a noite juntos.
Isto é o que acontece quando se leva as mães atrás para a batalha, fazem asneira! E, finalmente, começa a grande viagem Brienne-Jaime o que proporcionará grandes momentos cómicos, como já se viu neste episódio.Qarth
Jorah Mormont diz a Daenerys que encontrou um barco disponível a leva-los a Westeros, o que Daenerys recusa fortemente, como é óbvio. Se ele quer ajudar, então que encontre os dragões! Jorah leva, assim, Daenerys para a House of the Undying.
Finalmente, após 3 episódios, Daenerys vai recuperar os dragões!
Winterfell
O episódio começa (se bem me lembro) com uma imagem dos corvos mensageiros de Winterfell todos mortos. Theon não quer que ninguém saiba que ele matou os herdeiros Stark, mas mesmo naquela altura que as comunicações não eram muito rápidas, as más noticias viajam rapidamente. E eis que chega Yara Greyjoy com os reforços que Theon pediu...mas estes reforços não parecem muito numerosos. Afinal Yara não vem com reforços nenhuns, Theon queria 500 homens mas recebe apenas um pedido para voltar a casa com Yara, pois se ficar em Winterfell rapidamente terá a cabeça a preço de ouro, assim que as noticias se espalharem. Theon não quer, afinal não conquistou Winterfell para nada, se conquistou consegue muito bem defende-la. Yara deixa-o então pedindo para que não morra muito longe do mar.
No final do episódio, Theon dá ao seu capitão uma bolsa de ouro para dar ao agricultor da quinta (do último episódio) em troca do seu "sacrifício". O capitão diz-lhe que se era para o silenciar, então ele foi silenciado. Entretanto, maester Luwin, quando caminhava no átrio de Winterfell, repara, de soslaio, em Osha. Afinal eles esconderam-se foi nas criptas de Winterfell, mesmo debaixo do nariz de Theon! Maester Luwin apercebe-se assim que se os dois corpos não são de Bran e Rickon, só podem ser dos rapazes órfãos da tal quinta. Luwin pede a Osha para não dizer nada a Bran, mas este escuta, acordado, no outro lado da parede.
Pobre Theon, está cada vez mais encurralado, ninguém na sua familia quer saber da sua conquista, teve de matar 2 órfãos inocentes, os putos Stark fugiram, a irmã não lhe traz reforços, etc etc. A vida não lhe corre nada bem! Aqui, surpreendentemente, a história não foge nada ao livro! Os fugitivos realmente escondem-se nas criptas de Winterfell, Theon mata os orfãos, Yara vem e pede para ele voltar, tudo tal e qual. Ah, há uma pequena diferença: Não se sabe assim tão rapidamente que os herdeiros Stark não foram mortos! A cena da bolas de ouro não existe e foi colocada apenas para mostrar que aqueles miúdos mortos são os miúdos errados. Esta seria uma cena que eu estava na expectativa de ver, porque manter em suspense a morte de 2 crianças, personagens principais, em TV não é fácil. Assim resolveram o problema rapidamente, só houve suspense de um episódio para o outro. Ok, aceita-se, não é nada de grave.Stannis Baratheon
Davos e Stannis conversam a bordo de um barco, estão quase em King´s Landing. Davos, Ser Onion, queixa-se que ele é visto como um camponês e não como o Lord que Stannis o tornou. Stannis diz que é agora que precisa de Davos, tal como precisou durante a Siege de Storms End, quando Davos conseguiu levar um barco com alimentos debaixo das linhas inimigas. Stannis diz que embora o seu irmão Robert o tenha ignorado e dado o castelo a Renly quando o cerco acabou, Stannis fará Davos o seu Hand caso consigam vencer a batalha, como recompensa.
E pronto, faltam dois episódios e o próximo episódio é a batalha de Blackwater, o que tenho esperado ansiosamente esta season toda. A season está a chegar ao fim, várias tramas caminham para o fim mas algumas surpresas ainda nos esperam!
23 de maio de 2012
Game of Thrones - Season 2 - Episódio 7 - Review
Winterfell
Theon acorda e acorda sozinho, rapidamente apercebendo-se que os miúdos Stark fugiram. Como ele diz, deixaram escapar um aleijado a cavalo num gigante atrasado e um puto com uma wildling! Não é fácil ser o novo Lord de Winterfell! Até um dos soldados de Theon lhe manda a boca que Osha fugiu porque dormiu com ele, levou logo uma tareia. À medida que perseguem os fugitivos, chegam a uma quinta onde os cães perdem o rasto. Quando um dos soldados encontra umas nozes (que Bran ia comendo), Theon manda o Maester Luwin para Winterfell de modo a poder fazer o que lhe apetecer com os fugitivos. Mais tarde (por acaso no fim do episódio), Theon reúne a população de Winterfell e mostra-lhe o que acontece aos traidores, mostrando dois corpos queimados de duas crianças, para horror do maester Luwin.
Como tenho dito, tenho tornado-me fan de Afie Allen. Mais uma vez, o desespero é visivel na cara dele, tudo lhe corre mal, agora até os miúdos fugiram! O único pormenor que não se percebe bem é quando mandam o maester Luwin de volta a Winterfell, parece uma desculpa esfarrapada que, como espetador, não pega. O final do episódio está bem conseguido, criando o suspense de que, ou não, os rapazes Stark foram mortos.
King's Landing
Sansa agradece a Sandor Clegane (The Hound) pelo seu resgate mas este, como é habitual, não é muito dado a sentimentos. Durante a noite, Sansa sonha com a quase violação e acorda em pânico, reparando que teve a sua primeira menstruação. Desastre, isso significa que já é uma mulher e pode ter filhos de Joffrey. Shae chega quando Sansa está a tentar remover a mancha de sangue do colchão e tenta ajuda-la, virando o colchão ao contrário. Nisto, chega uma outra empregada que, feita parva, vai logo a correr avisar Cersei, sendo perseguida por Shae que a ameaça caso abra a boca. Claro que Cersei sabe e tem uma conversa, de mulher para mulher com Sansa. Num dos raros momentos de honestidade de Cersei para Sansa, Cersei diz que é impossível amar Joffrey mas que pode amar os filhos de Joffrey, tal como ela fez com Robert e os seus filhos. No fim, Sansa pergunta se acha que nunca poderá amar Jofrrey ao que Cersei responde que ela pode tentar.
Tyrion também tem uma conversa com Cersei pois a armada de Stannis está a dias de chegar a King's Landing. Cersei, num outro momento de honestidade, admite que Jaime é o pai de Joffrey mas que este é muito mais Robert que Jaime. Também admite, o óbvio novamente, que perdeu a mão de Joffrey e não o consegue controlar.
Mais uma vez, a "sonsinha" da Sansa a mostrar o seu carácter. Claro que não é possível fingir para sempre que Joffrey é o seu amor, e a conversa de Cersei e Sansa é um belo momento de duas belas actrizes nesta série. Dá também um toque pessoal a Cersei, que é maioritariamente vista como apenas uma mulher com sede de poder, mas ela é também, mãe dum miúdo que é rei mas que não tem capacidade para o ser, algo que admite na conversa com Tyrion.
Beyond the Wall
Os coelhos Jon e Ygritte, ah desculpem, é que eles parecem uns coelhos envoltos em peles na neve, continuam a sua caminhada, e Ygritte provoca Jon com o facto de ele nunca ter estado com uma mulher, pois se resistiu ao seu charme só poderia ser virgem. Jon diz que, ao juntar-se aos Night Watch, jurou não ter mulher e filhos, o que para Ygritte é uma completa parvoíce pois os homens são livres de fazerem o que quiserem. Com esta conversa toda, Ygritte consegue fugir e Jon vê-se rodeado de wildlings, sendo capturado. Ygritte diz que Jon deveria ter aproveitado as ofertas que esta lhe fez.
Para além das belíssimas paisagens da Islândia, o único facto a assinalar desta cena é a diferença de mentalidades entre os wildlings e as pessoas do sul da muralha. Os wildlings são homens livres, fazes o que querem, não há reis para ajoelhar e jurar lealdades, notando-se o confronto de mentalidades. Quando Jon diz que os wildlings têm um rei, Mance Rayder, Ygritte diz que ele é rei porque o povo quer, não porque é filho de rei. Os wildlings são é uns democráticos!
Harrenhal
Em Harrenhal o pessoal anda a ser enforcado em série após a morte de Armory Loch, o que Tywin considerou um ataque à sua pessoa também. Num dos belíssimos diálogos entre Arya e Tywin, este confronta-a que ela é da nobreza, pois sabe ler, sabe história e, principalmente, diz "My Lord" em vez de "M'Lord". Arya não nega que é da nobreza mas inventa um Lord qualquer.
Não há muito a dizer para além de observar estes dois monstros a representar. Gostei especialmente quando Arya provoca Tywin e este lhe responde "cuidado, eu gosto de ti mas não exageres".
Robb Stark
O primo Lannister que foi a King's Landing oferecer os termos de paz de Robb voltou e Robb coloca-o com Jaime. Entretanto, a sua enfermeira preferida, Talisa, diz que já não tem material médico e pede-lhe para trazer algum da viagem que vai fazer a Crag. Este, não perdendo a oportunidade, diz-lhe que ela deve vir com ele e escolher o material ela própria.
De noite, Jaime tem uma conversa com o primo Lannister e mata-o de forma a conseguir escapar. A escapadela não dura muito tempo, sendo recapturado de manhã. Lord Karlstark está doido e quer a cabeça de Jaime pois Jaime matou um dos seus filhos quando escapou. Como Robb está ausente, é Brienne que consegue impedir que Karlstark faça justiça pelas próprias mãos. Mais tarde, Catelyn Stark vai falar com Jaime e, claro, Jaime provoca Catelyn até mais não até esta pedir a Brienne a sua espada.
É minha impressão ou Jaime de barba todo sujo tem uma voz diferente do que na série anterior? Eu já aqui disse, não consigo gostar do casal Robb-Talisa portanto não vou falar muito deles. O melhor, para mim, desta trama são as bocas de Jaime a Brienne, que enquanto provoca Cat consegue soltar umas frases de admiração pelo tamanho físico de Brienne. Também não percebi o dialogo entre Jaime e o primo Lannister, se era para o matar então que fizesse logo. Assim pareceu que foi apenas para consumir tempo.
Qarth
Daenerys está doida sem os seus dragões e não confia em ninguém, incluindo o seu anfitrião Xaro. Jorah diz que a quer ajuda e Daenerys diz que se quer ajudar então que a ajude a encontrar os seus dragões. Jorah volta a falar com a mulher misteriosa de Qarth que lhe diz que quem roubou os dragões está, neste momento, com Daenerys. A mulher misterios também pergunta a Jorah se este quer trair, outra vez Daenerys. Esperem aí, outra vez? Como assim?
Mais tarde, numa reunião com os 13 de Qarth, Xaros e Pyat Pree mostram que têm uma carta escondida na manga: Pyat Pree confessa que é ele que tem os dragões, na sua House of the Undying e Xaros declara-se rei de Qarth, com a ajuda de Pyat que assassina os outros 11 de Qarth.
Que personagem este Pyat Pree, fico todo arrepiado quando vejo a falar e a multiplicar-se! Fica também a referencia de que Jorah já terá traído Danerys uma vez, mas quando? De resto, como se espera, Daenerys só vai encontrar os dragões no último episódio portanto o resto é encher chouriços.
Como avisei, esta foi uma review muito curta. Espero não ter misturado coisas deste episódio com o 8º episódio. No geral, este episódio foi consistente, muito dialogo frente-a-frente de várias personagens, avanço seguro na história, uma ou outra surpresa, um ou outro suspense que fica em aberto para o próximo episódio.
10 de maio de 2012
Game of Thrones - Season 2 - Episódio 6 - Review
Antes de começar queria dizer uma coisa: Eu tenho-me queixado, principalmente no inicio da série, dos desvios que foram feitos ao livro. No inicio esses desvios eram confusos e não me faziam muito sentido. No último episódio eu dei conta de vários desvios mas que já não me chocavam, desvios esses que achava que eram uma boa forma de cortar caminho de forma a bater certo no curto espaço de tempo que a série tem, desvios esses que até faziam sentido e davam outro ar à história.
Pois bem, neste episódio os desvios são tantos que parece que estou a ver uma história diferente! Quase todas as tramas têm desvios em relação ao livro. Isto agrada-me porque me faz prender à série, me faz ansioso para ver o que vem a seguir, me faz não saber o que vai acontecer! Melhor, sei o que vai acontecer mas não sei como vai acontecer! E isto pela primeira vez na season!
Winterfell
Começamos com Theon a entrar no quarto de Bran dentro. Theon tomou Winterfell facilmente e agora é o novo Lord de Winterfell. Theon pede a Bran que se renda de forma a poupar os habitantes de Winterfell. Mas Theon não é lá muito bem recebido, obviamente, e até tem de se pôr à prova quando Ser Rodrik é capturado e cospe em Theon. Este manda-o prender mas o capitão da frota diz, e com razão, que ele tem de pagar o iron price, ou seja, tem de morrer. Theon não fica muito contente mas lá decapita o senhor, precisando de umas 3 tentativas (uma das primeiras cenas de gore neste episódio).
Mais tarde, Osha, que se tinha rendido previamente, seduz Theon (mais uma cena de nudez, acho que há poucas personagens femininas que não se tenham despido) mas, enquanto este dorme, escapa com Bran, Rickon e Hodor (HODOR!).
Mais uma vez Alfie Allen a mostrar o que vale, percebe-se facilmente do dilema que Theon enfrenta com Ser Rodrik, mato-o e provo que sou um homem das Iron Islands mas, por outro lado estamos a falar do senhor que me ensinou a arte da espada. No fundo, Theon Greyjoy é um rapazinho, sem pai, que quer provar que é adulto, dividido entre o seu nome de família, família que o abandonou, e os Stark, que não são a sua família mas foi onde viveu praticamente a sua vida toda.
Robb Stark
Robb Stark continua a fazer investidas à enfermeira, mas entretanto, chega a mãe que o avisa que ele está prometido a uma das filhas do Lord Frey (se se lembram da primeira season). Vamos ver se o amor não fala mais alto. Como as más noticias voam rápido, Lord Bolton chega com a carta de que Winterfell foi tomado por Theon. Robb diz logo que vai voltar para retomar Winterfell, afinal como é que um rei pode ser rei se nem pode defender o seu castelo? Lord Bolton propõe enviar antes o seu filho bastardo de forma a Robb continuar concentrado na guerra, algo que Robb acede mas exige que Theon seja capturado vivo.
Aqui não há muito a dizer. Já se percebeu o papel da enfermeira. Robb até nem consegue estar mal embora eu ache que ele tem sempre a mesma cara mas confesso que a interação Robb-Talisa tem alguma piada. E viram a Brienne? Não é fácil não a ver, afinal ela é gigante!
Beyond the Wall
O grupo dos Night's Watch ataca o posto dos Wildlings e Jon quando vai para despachar um deles repara que afinal é uma rapariga! Qhorin diz que ele tem de fazer o que tem de fazer e que se encontram mais tarde. Claro que Jon não é capaz de matar a rapariga, chamda Ygritte, e esta foge. Jon persegue-a, apanha-a e passam a noite juntos pois já é demasiado tarde para Jon voltar ao seu grupo.
Ah, finalmente Ygritte. Estava muito curioso para ver quem iria fazer a beldade de cabelo cor de fogo e não me senti desiludido. Bonita, bom sotaque, boa atitude. Mas aquela perseguição...não sei se queriam fazer uma perseguição tipo James Bond, mas o que acabou por sair foram 60 segundos de duas pessoas a correr, totalmente envoltas em peles, na neve num fundo branco. Pareciam mais dois macacos a correr na neve! Foi de tal forma ridículo que se tornou hilariante! E hilariante foi também a forma de Ygritte começar a seduzir Jon Snow.
King's Landing
Myrcella é enviada, de barco, para Dorne (para os Martell) para forjar a aliança que Tyrion queria. Mas Tyrion também quer colocar Myrcella num local seguro e, ao mesmo tempo, afetar Cersei. Quando voltavam de volta para o castelo a população começa a manifestar-se e há alguém que tem a ideia de mandar um bocado de bosta à cabeça de Joffrey. Este, como habitual, perde a calma e manda os guardas matar todos o que, obviamente, gera um tumulto! Quando, finalmente, chegam ao castelo, Tyrion está possesso e espeta um bom estalo ao Joffrey (YES!) pela, bem, estupidez. Tyrion repara que Sansa não voltou, algo que Joffrey não se importa muito mas Tyrion relembra-lhe que sem Sansa não há moeda de troca pelo seu tio Jaime. Sansa está prestes a ser violada quando aparece o Hound que mata os 3 com uma facilidade incrível (mais uma cena de gore). Hound que, quando volta, diz a Tyrion que não fez isto por Tyrion.
Uma das cenas mais excitantes no livro, esta foi retratada fielmente ao livro. A forma como que Joffrey explode e manda matar todos, a forma como que Tyrion e Joffrey discutem e o estalo...aaah o estalo. A forma como Sansa está assustada e o Houda a salva e lhe chama de "little bird" e a sua indiferença em relação a Tyrion...tudo muito bem feito. Queria aqui notar dois pormenores que quase passaram despercebidos:
Quando Myrcella parte, há dois diálogos interessantes.
1 - Quando Joffrey repreende o seu irmão mais novo por estar a chorar, Sansa diz que viu o seu irmão a chorar. Joffrey apenas pergunta se o seu irmão é principe e quando Sansa responde que não ele faz esta cara mais indiferente e diz "so?". Delicioso.
2 - Tyrion e Cersei trocam duas linhas que definem a sua futura relação. Cersei, obviamente magoada por perder a sua filha, diz que um dia, quando Tyrion tiver alguém que ame mesmo, o irá magoar da mesma forma, ao retirar essa pessoa da vida de Tyrion
Quando Hound salva Sansa, há uma cena de Shae a fazer um curativo e a dizer a Sansa a tipica frase, "Trust no one".
Harrenhal
Arya continua a conviver com Tyrion mas, do nada, chega Littlefinger para uma reunião. Arya faz tudo por tudo para ocultar a sua face pois Littlefinger conhece-a bem. Enquanto Tywin e Littlefinger discutem, Littefinger bem estranha aquela rapariga mas não a consegue reconhecer. Mais tarde, Arya reconhece, em cima da mesa, uma carta acerca de movimentos de tropas e rouba-a. Quando vai procurar uma forma de a enviar, é apanhada pelo Ser Amory Lorch que lhe apanha a carta e a vai denunciar ao Lord Tywin. Mas Arya ainda tem duas mortes! Rapidamente encontra Jaqen e diz-lhe o segundo nome e que tem de ser agora! Jaqen, um bocado com cara de frete, lá faz o servicinho e assim que Ser Armory abre a porta de Tywin, cai morto com um dardo no pescoço!
Mais uma vez, a interação Arya-Tywin é deliciosa e quando se torna Arya-Tywin-Littlefinger...E não me canso de dizer o quão espetacular é a personagem de Jaquen! A cara de frete dele quando Arya lhe diz que a morte tem de ser agora, e ele faz aquela cara de "ok ok, pode ser", hilariante!
Acho que nem preciso de dizer que nada disto se encontra no livro! Mas não me importo nada!
Qarth
Daenerys anda a pedinchar por barcos pelos homens mais ricos de Qarth. Como estes homens são homens de negócios, ninguém está disposto a oferecer barcos em troco de promessas. Daenerys bem grita que o Iron Throne é dela por direito, que o que sonha acontece e o que promete ela cumpre, mas nada feito. Quando voltam a casa, descobrem que os seus guardas foram atacados e, desgraça, os dragões desapareceram! No fim é vista uma personagem misteriosa a carregar os dragões para uma torre, torre essa que depreendo que tem de ser a House of Undying dos warlocks!
Mais uma vez, nada disto está nos livros, mas aqui eu percebo a necessidade de atalhar a forma de Daenerys chegar a House of Undying. Mas ela perder os dragões foi um golpe forte e agora vamos conhecer a raiva de Daenerys Targaryen, afinal estamos a falar das crias dela!
Vou falar dos desvios mais uma vez. Todas as tramas estão com desvios: Robb Stark não conhece enfermeira nenhuma, Theon Greyjoy não mata Ser Rodrik nenhum, a segunda morte de Arya não é nenhum Ser Armory, Jon deixa Ygritte escapar por vontade dele e não é ela que escapa, Daenerys nunca, mas nunca, perde os dragões! E nada disto me importa porque estas mudanças estão bem conseguidas e faz-me apreciar esta história como uma nova história, como um novo livro que estou a ler, tornando a série mais emocionante para quem já leu os livros.
7 de maio de 2012
Game of Thrones - Season 2 - Episódio 5 - Review
King's Landing
Tyrion continua a usar Lancel como informador e descobre que Cersei tem andado a acumular wildfire (Fogo grego). Tyrion, claro, tem de descobrir o que se passa tem uma entrevista com o Pirómano Real que lhe indica que tem cerca de 8mil frascos de wildfire já feitos! O plano é usar catapultas para enviar o wildfire contra a frota tropas de Stannis. Bronn diz que não é grande ideia pois o wildfire é altamente instável e mais rapidamente pegam fogo à cidade. Tyrion, apercebendo-se do poder do wildfire, diz que agora produzem wildfire para ele e não para Cersei. No caminho de volta para o castelo, param para ouvir um pregador acerca do incesto de Cersei e Jaime acusando a corte de ter um...macaco demoniaco. Tyrion, divertido com o homem, só se apercebe que estão a falar dele quando Bronn lhe manda a boca. Tyrion desabafa então que só quer salvar a cidade mas ninguém lhe dá valor.
A dupla Bronn-Tyrion volta a atacar. Uma cena bastante straight-forward mas queria aqui sublinhar a cena em que Tyrion, magoado, desabafa. Esta é a cena que descreve Tyrion nesta season. Ele está a fazer tudo ao seu alcance para sobreviver a futura batalha enquanto, ao mesmo tempo, tenta controlar a corte mas, infelizmente, será sempre o Imp.
Stormlands
Ora bem, voltando às Stormlands, Renly e Cat negoceiam uma possivel aliança que Renly vê com bons olhos. Em troca da lealdade de Robb, Renly permite que haja um King in the North. Nisto, enquanto Brienne ajuda a retirar a armadura de Renly, vem a sombra e mata-o. Dois guardas entram e assumem que Brienne é a culpada e iniciam uma luta. Cat bem tenta avisar que Brienne é inocente mas esta, que nem um touro, arruma os dois guardas facilmente. Cat convence então Brienne a fugir e deixar a vingança para outro dia, pois Brienne está convencida que a sombra tinha a forma de...Stannis.
Loras Tyrel também deseja vingança contra Stannis mas a sua irmã e Littlefinger convencem-no a deixar a vingança para outro dia pois muitas das tropas de Renly já se mudaram para o lado de Stannis.
No lado do campo de Stannis, Davos tenta falar com este sobre o que viu Melisandre fazer mas Stannis avisa-o de que não quer ouvir falar sobre essa assunto. Davos então aconselha Stannis a não levar Melisandre no ataque a King's Landing pois as tropas já comentam que é Melisandre quem tem poder, avisando-o implicitamente de que se leva Melisandre e ganham, o mérito será de Melisandre. Stannis, depois de ponderar, aceita o conselho e diz que não leva Melisandre mas avisa que será Davos a comandar a frota no ataque a King's Landing.
Entretanto Brienne e Cat descansam enquanto fogem. Brienne diz que Cat tem um certo tipo de coragem e jura-lhe lealdade.
Ora bem...uma das mais importantes cenas do inicio do livro, a morte de Renly, gerou-me sentimentos mistos. No livro a sombra é apenas isso, uma sombra rápida, impercetível que pouco mais é comentada. Aqui decidiram dar-lhe uma forma humana, algo mais sobrenatural (que já veio do último episódio). Não me chocou e não me fez grande diferença e, embora o papel de Brienne estivesse muito bom, faltou um bocado de dramatismo, afinal o rei morre assim do nada. A cena de Loras Tyrel ficou definitivamente aquém, afinal estamos a falar do amante do rei. Por outro lado, Brienne, mais uma vez, impecável e sente-se a emoção quando Brienne jura lealdade a Cat.
Iron Islands
Theon está a embarcar para o seu raid as aldeias pesqueiras, mas nem a sua tripulação lhe tem respeito. Até a irmã vem dar uma bicada! Mas chega um membro da tripulação, que lhe indica que é o seu capitão, e que lhe dá a dica que o pessoal de Iron Island faz como lhe quer e apetece e que Theon poderia era atacar Torrhen Square. Theon diz que isso não faz sentido nenhum, pois estando perto de Winterfell rapidamente tropas de Winterfell chegariam em auxilio e....espera aí...
Mais uma vez Theon a estar bem representado. Cheguei à conclusão que Theon deve é estar calado pois é na expressão facial de Alfie Allen (já agora, sabiam que é irmão de Lilly Allen?) que a personagem é mais forte!
Winterfell
E enquanto Bran está a ouvir os camponeses, chega a noticia que Torrhen Square está sob ataque e Ser Rodrik é enviado com 200 homens em auxilio.Mais tarde, Bran discute com Osha os seus sonhos, mais uma vez, e diz que sonhou que Winterfell seria inundado por uma onda gigante, matando toda a gente. Onda gigante...Iron Islands...hmmm
Beyond the Wall
Ah, o nosso amigo Jon Snow voltou. Os homens da Night Watch estão no pico de uma montanha chamada Fist of the First Men, onde esperam que um grupo de rangers volte. Esse grupo é liderado por Qhorin Halfhand, que indica que as tropas de Mance Rayder estão prontas para atacar a Wall e que é melhor os Night Watch atacarem primeiro. Jon oferece-se para ir no grupo que irá atacar um posto de vigilância dos wildlings.
Já tinhamos saudades de Jon Snow...ou não? Esta cena é preciso realçar a beleza natural do local onde foi foi filmada, no glaciar de Snæfellsjökull, na Islândia. Belíssimo!
Harrenhal
Arya, já como cupbearer de Tywin, assiste a uma reunião entre Tywin e os seus comandantes. Após uma discussão, Tywin enfrenta Arya sabendo que ela é do norte, perguntando-lhe de que familia é. Tywin, quando convencido, pergunta-lhe o que acham de Robb Stark no norte, perguntando-lhe se acham se ele é imortal. Arya diz que não, que qualquer pessoa pode ser morta, mas não se referindo a Robb. Mais tarde, Arya encontra Jaqen H'ghar, o homem que ela libertou da carroça quando foram capturados, e este diz-lhe que lhe está a dever 3 mortes, pois ela salvou 3 homens da morte. Arya nomeia, para começar, o torturador do episódio anterior. Assim sendo, o torturador é rapidamente encontrado morto, caindo de uma muralha. No topo dessa muralha Jaqen indica-lhe, com o indicador, que uma morte já está.
Se no livro a personagem de Jaqen era misteriosa, aqui na série está fantástica! A forma de ele falar, os seus maneirismos, muito bem conseguida! Espero com atenção as próximas interações, pois ainda faltam duas mortes e Jaqen terá uma influencia maior do que se espera.
Qarth
Daenerys sente-se muito melhor com um tecto acima da sua cabeça, aproveitando para treinar um dos seus dragões com uma palavra-chave. O seu anfitrião, Xaro Xhoan Daxos, tem, afinal, um plano, propondo casamento a Daenerys prometendo todo o dinheiro para ela recuperar Westeroos. Daenerys procura conselho em Mormont mas este diz-lhe para não ir na conversa de Daxos, que ela deve é arranjar aliados em Westeroos e recuperar o Iron Throne por ela própria. Mais tarde, numa espécie de cocktail do outro lado do Narrow Sea, uma personagem aparece, o Warlock Pyat Pree, que convida Daenerys a aparecer na House of the Undying. Ah, Daenerys entrou no social! No fim, uma personagem mascarada avisa Jorah Mormont dos perigos que Daenerys enfrenta.
Finalmente vemos novamente um dos dragões, mas ainda continuam pequeninos. Embora a cidade e personagem de Qarth se desviem muito do livro, gostei do resultado, principalmente do warlock Pyat Pree, até me senti incomodado com tal personagem fantasmagórica. E é muito mais agradável ver a Daenerys num belo vestido do que cheia de poeira! Rapidamente se começa a aperceber que os poderosos estão interessados em Daenerys apenas pelo dragões e pelo poder que estes representam, afinal só existem 3 dragões no mundo!
Este foi, para mim, o melhor episódio desta season, até agora. Bem conseguido, interligado, a avançar facilmente na trama e sem grandes confusões. A história já está mais condensada e facilmente me sinto a querer ver o que vem a seguir. Já agora, repararam que na intro inicial as localidades mudam consoante onde as tramas de cada personagem está presente?
Pontos fortes: Brienne e Cat. A fotografia na trama de Jon. Arya e Tywin.
Pontos fracos: A morte de Renly.
6 de maio de 2012
Game of Thrones - Season 2 - Episódio 4 - Review
Após o primeiro bom episódio da segunda season, as minhas expectativas aumentaram.
King's Landing
Este episódio começa com mais uma cena de Joffrey, uma cena que gostei bastante no livro. Joffrey está irritadiço porque Robb teve mais uma vitória numa batalha e, para variar, descarrega na Sansa, humilhando-a em público e pede a um guarda para a despir. Nisto entra Tyrion que põe fim aquela cena e ainda dá uma descasca em Joffrey. Bronn tem a ideia de que, se calhar, Joffrey precisas de descarregar as hormonas com umas meninas e então Tyrion envia 2 prostitutas para Joffrey brincar, mas este, para se vingar, obriga uma das raparigas a bater na outra enquanto ele observa.
Entretanto, o primo Lancel visita Tyrion, a mando de Cersei, a exigir a libertação do Maester Pycelle. Ora, Tyrion não é parvo nenhum e num instante dá-lhe a volta e mete Lancel a contar-lhe os segredinhos todos de Cersei.
Joffrey, mais uma vez, a fazer das suas sempre com aquela carinha irritante. Bronn e Tyrion continuam a dupla do costume e agrada-me imenso que ambos conseguiram passar para o ecrã a dupla que é no livro. Enquanto Tyrion tenta, a todo o custo, pôr a casa em ordem, Bronn está sempre disponivel para mandar a sua piada irónica, sem problemas com quem e sobre quem está a falar.
Robb Stark
Robb, no rescaldo de mais uma vitória, ajuda uma enfermeira a cortar o pé a um soldado. Rapidamente metem conversa e a enfermeira vai.
Eu só fiz referencia a esta cena por uma simples razão: ao ver isto a esposa pergunta "mas ele vai-se apaixonar por ela?". E parece que sim! Ora, isto é um grande desvio do livro, pois não existe enfermeira nenhuma...mas por outro lado vão perceber mais tarde que nem fará grande diferença. Mesmo assim, não percebo a razão.
Do outro lado do mar
E, finalmente, Daenerys aparece! Um dos cavaleiros retorna, diz que há uma cidade perto e que estão dispostos a receber a Mother of Dragons. Quando chegam, não são recebidos como se esperava e percebe-se que a cidade de Qarth só está interessada em ver os dragões! Daenerys recusa e quando os representantes de Qarth já se estão a retirar, há um deles, Xaro Xhoan Daxos, que faz um juramento de sangue pelo grupo. Daenerys tem assim a entrada na cidade.
Mais uma personagem cómica, o representante de Qarth e Daenerys a mostrar mais uma vez do que é feita. Bem conseguido, a trama de Daenerys está a avançar rapidamente mas sem sobressaltos, não se sente que falta nada.
Harrenhal
Depois da captura do seu grupo, Arya está em Harrenhal, onde o The Moutain (irmão do The Hound) está a mandar torturar um elemento por dia em troca de informações. Isto acaba quando Tywin chega e reconhece que Arya é uma rapariga escolhendo-a como cupbearer. Arya, entretanto, começa a fazer a sua lista de nomes de pessoas que gostaria que morressem, incluindo um tal de Polliver pois é o soldado que lhe roubo a espada Needle.
Mais um desvio do livro, mas que a mim não me fez diferença. No livro Lord Tywin nunca mete os pés em Harrenhal e Arya é cupbearer de outro lord. Mas, para ser sincero, acho que a inclusão de Tywin dá outra sensação à história, afinal Tywin é uma das personagens principais e ter Arya ao lado de Tywin é outro nível.
Stormlands
E, finalmente, o nosso Rei Renly. Littlefinger chega e discute com Renly uma possivel aliança com os Lannister, prontamente recusada. Littlefinger, após uma troca de palavras com Maergery Tyrell, encontra-se com Cat, que acredita que foi Littlefinger que mandou assassinar o seu filho. Littlefinger, numa prova de confiança, retorna os restos mortais de Ned Stark e tenta convencer Cat a trocar Jaime Lannister por Sansa e Arya, apelando também ao seu instinto maternal.
No dia seguinte, Stannis e Renly encontram-se e cada um diz que é mais rei que outro. Renly tem o número de tropas a seu favor e Stannis reclama que o trono é dele por direito. Até Cat tenta com que eles se entendam mas nada feito, cada um é mais teimoso que o outro. Stannis dá 24 horas a Renly para decidir ou então no dia seguinte vai haver batalha.
Nessa noite, Stannis pede a Davos para transportar Melisandre. Davos não gosta nada da ideia mas Stannis não lhe diz o que vai acontecer. Quando Davos transporta Melisandre, esta tenta convence-lo de que ela não é o inimigo que ele pensa que ela é, acusando-o até de a desejar. O pobre Davos mal sabe o que lhe espera, e quanto chegam por debaixo do acampamento de Renly, Melisandre abre o robe, completamente nua por baixo e...grávida! Davos, assustado, vê Melisandre dar à luz a uma espécie de sombra...
Sem dúvida um grande final de episódio. Uma cena difícil mas bem conseguida com Melisandre, finalmente, a mostrar os seus poderes, a parecer uma feiticeira de outro mundo.
Pontos altos: Tyrion e Bronn. Finalmente Daenerys outra vez! E Melisandre
Pontos baixos: A cena de Robb com a enfermeira. Alguns dialogos, como Littlefinger e Maergery Tyrell.
19 de abril de 2012
Game of Thrones - Season 2 - Episódio 3 - Review
King's Landing
Tyrion tem uma discussão com Shae, pois esta está farta de estar trancada e quer mais, quer estar no castelo. Ora isto é um problema para Tyrion, pois se Cersei descobre acerca de Shae...Tyrion e Shae têm uma típica discussão de namorados em que Tyrion desiste de a convencer. Mais tarde Sansa recebe uma nova criada que é...Shae. Shae, obviamente, não sabe fazer nada e Sansa dá-lhe uma reprimenda. Cada vez gosto mais da Sophie Turner, está a mostrar-se cada vez mais madura no seu papel.
Entretanto Tyrion tem um novo plano. Conta uma história diferente ao Grand Maester Pycelle, Varys e Littlefinger acerca de com quem a Princesa Myrcella deve casar, sempre pedindo segredo de Cersei. Quando Cersei descobre que Tyrion queria enviar Myrcella para Dorne, Tyrion sabe que foi Pycelle que deu com a língua nos dentes, mandando-o prender imediatamente. Pycelle confessa que o que, fez sempre em nome da familia Lannister, incluindo que sabia que John Arrryn descobriu que Cersei e Jamie são amantes e que os filhos não são de Robert mas que não foi ele que o envenenou. Littlefinger fica furioso por descobrir que Tyrion o enganou e vai pedir explicações, ao que Tyrion diz que tem um novo plano para Littlefinger, ir ter com Cat Stark.
Beyond the Wall
Craster ordena que os homem da Night's Watch saiam no dia seguinte após a "aventura" de John. John diz ao comandante Mormont que descobriu o que Craster faz com os filhos apercebendo-se então que Mormont estava bem ciente da situação e a Night's Watch precisa de pessoas como Craster portanto tem de fechar os olhos a essa situação. John aprende mais uma lição do que é ser lider.
Winterfell
Bran continua a ter sonhos acerca do seu direwolf mas não é só sonhar sobre o lobo, Bran sonha que é o lobo. Bran pergunta ao maester Luwin se isso é possivel mas ele diz que é apenas magia. Bran não fica muito convencido, sabe que os seus sonhos são diferentes.
Stormlands
Finalmente vemos o Rei Renly. Renly acabou de casar com Margaery Tyrell (mais uma família) e estão a observar um torneio quando Cat Stark chega. Nesse torneio o vencedor acaba por se revelar ser uma mulher, Brienne the Tarth. Brienne pede para ser da Kingsguard como prémio por ter vencido e Renly aceita. Mais tarde, Renly anda enrolado com Loras (desta vez sexo gay) mas Loras está irritado que Renly tenha dado um lugar na sua guarda pessoal a Brienne, e também está irritado que ainda não tenha consumado o seu casamento. Margaery tenta seduzir Renly mas nada feito, não é fácil ser um rei gay em Westeroos, e confessa que sabe da relação de Renly com Loras mas a ela só lhe interessa ficar grávida para consumar o casamento e a aliança entre Renly Baratheon e a família Tyrell.
Esta foi a primeira situação alterada. Margaery Tyrell no livro, se não me engano, não tem grande papel agora mas é importante começar a construir a sua personagem para o que vem a seguir. A relação Loras-Renly nunca é explicita no livro, mas bem conseguida na série (já tinha sido começada na primeira season). O único problema é que não se sabe onde fica a familia Tyrell (e já agora, Dorne), algo que poderia ser incluído no genérico, por ex.
Uma das personagens que tinha a ideia que me ia desiludir seria Brienne. Brienne é feia mas penso que deveria ser mais feia ainda. Mas...Brienne é grande! Não é só alta, é grande! Aquilo é uma mulher gigante! E é assim mesmo que ela tem de ser. Bem conseguido, não me senti afinal desiludido.
Iron Islands
Balon Greyjoy já tem um plano para atacar o norte aos Stark. Theon ainda tenta convencer o pai a tornar-se aliado dos Stark mas nada feito, Theon tem de escolher, ou está com a sua família ou está contra. Theon ainda escreve uma carta a Robb a avisa-lo do perigo mas decide queima-la. De seguida assistimos à cerimónia de baptizado ao Drowned God (o deus de Iron Islands).
A personagem de Theon Greyjoy tem sido uma personagem que me tem irritado...até agora. Neste episódio vemos um Theon Greyjoy completo, Alfie Allen a ter um grande papel. Consegui sentir o dilema que Theon passou e a sua decisão, a cara de Theon quando é baptizada demonstra que agora Theon é totalmente fiel à sua família.
Arya
A caravana continua e Arya partilha com Yoren que lhe custa dormir de noite. Yoren conta a história de como vingou a morte de seu irmão e, nesse momento, tropas inimigas chegam. Yoren recusa entregar Gendry e uma luta inicia-se e Yoren é morto. Entretanto, Arya liberta Jaquen (os gajos na caravana) que estava a pegar fogo. Um dos muidos, Lommy, é ferido e pede para o ajudarem sendo morto nesse instante. As tropas exigem que digam onde está Gendry e Arya diz que Lommy era Gendry pois o capacete de Gendry tinha sido levado por Lommy. No fim sabemos o próximo destino de Arya: Harrenhal
Aqui reside o maior atalho feito no livro. No livro Arya foge, anda a monte com os amigos durante uns tempos e é recapturada. No entanto, neste episódio esta trama foi muito bem conseguida, saltando vários capitulos, mas, de uma assentada, Arya liberta Jaquen, é capturada, Yoren e Lommy são mortos e vão para Harrenhal.
Mas...espera aí...e onde está a trama de Daenerys? Dragões? Nada? Ah pois é, se no episódio anterior só tivemos direito a 30 segundos de Daenerys, este episódio não temos direito a nada! Há que esperar.
Pontos altos: As manobras de Tyrion. Theon Greyjoy a tornar-se numa personagem. A luta de Yoren. Brienne é grande!
Pontos baixos: Alguma confusão quando Tyrion conta as 3 histórias diferentes, é mencionado muito local desconhecido.
10 de abril de 2012
Game of Thrones - Season 2 - Episódio 2 - Review
E continuamos nós com está season, continuamos a descobrir novas tramas, novos locais e novas personagens. Este episódio abriu a trama da Arya e abriu a trama do Theon Greyjoy e, com ele, mais um local: Iron Islands e Pyke. Começa a ser difícil ter tanta trama e tanta personagem ao mesmo tempo, é um trabalho muito dificil para os argumentistas em que cada episódio só tem uma hora e há que dividir essa hora da melhor forma possível. O que quer isto dizer?
Quer dizer que não há tempo para pormenores, só para o mais importante. E é com essa sensação que fico, que só recebo o mais importante, o fundamental para perceber a história e pouco mais. Sinto que, comparando com os livros, estou a voar pela história (o que seria de esperar) mas começo a reparar e a sentir falta de determinados pormenores que tornavam os livros tão ricos. Atenção, eu percebo que muitos desses pormenores pura e simplesmente não têm espaço mas...
King's Landing
Este episódio começa com, finalmente, Varys e Tyrion! E Varys e Tyrion têm a primeira troca de palavras, a primeira troca de ameaças. Nenhum confia no outro mas ambos sabem que precisam um do outro. Tyrion não gosta que Varys tenha descoberto que Shae está em King's Landing e que possa usar isso contra si, avisando-o que não tem medo dele. Varys responde que não é o primeiro Hand of the King que serve e que eles vão e vêm mas Varys continua.
Por outro lado Tyrion começa o seu trabalho como Hand of the King e isso significa remover o pessoal de Cersei e colocar pessoas de confiança. O primeiro a sofrer foi Lord Slynt, o capitão da guarda, que na sua procura pelos bastardos do Robert até um bebé matou. Usando esse argumento, Tyrion envia Slynt para o Night's Watch e nomeia Bronn como capitão da guarda. Aqui assistimos a um engraçado dialogo quando Tyrion lhe pergunta se mataria um bebé sem questão, ao que Bronn diz "Without question? No. I would ask how much". Um sellsword é um sellsword.
Arya
Arya continua na caravana para a Wall. Entretanto, alguns guardas do rei chegam e Arya esconde-se, mas afinal, os guardas estavam era à procura de Gendry. Gendry revela à Arya que sabe que é uma rapariga e ela revela que é Arya of House Stark, iniciando uma cena engraçada.
Com algumas diferenças do livro, esta parte foi bem conseguida, esclarecendo bem que Gendry é bastardo de Robert e procurado e, rapidamente, Arya revela quem é a Gendry criando imediatamente a sua cumplicidade.
Daenerys
Ah, aposto que toda a gente quer ver o que acontece a Daenerys e aos seus dragões, não é? Azar, não vêm nada! 1 minuto de Daenerys, onde vemos que um dos seus cavaleiros volta...só com a cabeça. Faltam 2 cavaleiros, vamos esperar para ver o que acontece.
Iron Islands - Pyke
E chegamos à nova trama. Theon Greyjoy chega rapidamente à sua terra natal, com um pequeno interregno sexual no barco. Esta cena ajudou em que? Para quem não leu os livros, só ajudou para não gostar de Theon. E se não gostam dele agora...bom, adiante, Theon chega, de peito inchado, a pensar que vai ser recebido com pompa e circunstancia pois é o único herdeiro do seu pai e...nada...ninguém sabe quem é. Encontra uma rapariga que lhe oferece boleia e ele imediatamente passa ao ataque.
Chegando ao castelo de Pyke, o seu pai (Balon Greyjoy) tira-lhe logo o cavalinho da chuva pois, segundo Balon, Theon é mais Stark que Greyjoy e não é nenhum herdeiro. O herdeiro afinal é a sua irmã que é...a rapariga que ele acabou de tentar comer! Theon tenta explicar-lhe que vem com uma proposta para aliar a Robb Stark o que faria de Balon rei das Iron Islands mas Balon não está para aí virado, o seu alvo é outro.
Gostei e não gostei de Pyke. A imagem do castelo é espetacular mas a chegada de Theon é muito rápida, num momento está em cima duma gaja no barco, no outro momento está a chegar ao porto num barquinho a remos. Balon Greyjoy é bem conseguido e a cara de arrogante de Theon a desaparecer e a sua surpresa ao ver a irmã também. Mas...para quem vai ter um papel tão importante nesta série acho que Theon poderia ter um bocadinho mais de protagonismo de forma a explicar o seu passado e as suas intenções.
Beyond the Wall
E chegamos ao outro lado da Wall. Uma das filhas/mulheres de Craster está grávida e pede ajuda a Samwell para a levarem com eles, pois se ela tiver um rapaz... Jon, obviamente, não acha boa ideia e a história fica por aí. Mas, durante a noite, Jon ouve Craster a escapulir-se e segue-o, descobrindo um bebé a chorar a ser pegado por "alguém". Quando está a pensar sair dali, Craster aparece e dá-lhe uma paulada na cabeça.
Sinceramente, esta parte não me recordo do livro. Claro que a criatura que apanhou o bebé é um whitewalker, as criaturas que renascem dos mortos e que atacaram o comandante Mormont na primeira season.
Dragonstone
E acabamos em Dragonstone. Vemos Davos a falar com um pirata, Salladhor Saan, a tentar convencer-lhe a ir para a guerra, afinal 30 barcos dão muito jeito. Salladhor por fim aceita mas com uma condição, criando o dialogo mais cómico deste episódio. Após isso, no castelo de DragonStone, Stannis diz que sem a ajuda do seu irmão, Renly Baratheon, e os seu 100mil homens, não consegue recuperar o trono. Melisandre diz que pode ajudar mas que se tem de converter verdadeiramente, seduzindo-o.
O dialogo entre Davos e Salladhor Saan desiludiu-me num pormenor: há uma altura que Salladhor refere que Stannis lhe cortou os dedos. Ora este pormenor nunca foi explicado convenientemente e é um pormenor central à personagem de Davos. Portanto, os argumentadores escolhiam em omitir este pormenor da personagem de Davos ou então gastavam 2 minutos de dialogo a explicar o que aconteceu. Assim, nem uma coisa nem outra. E aborrece-me este despejar de pormenores que passam ao lado do espetador que não leu os livros e, aquilo que parece um dialogo sem grande interesse, é afinal a tentativa dos argumentadores de enfiarem detalhes do livro na série. Há que fazer escolhas.
Pontos Altos: Troca de palavras entre Tyrion e Varys. Dialogo entre Davos e Salladhor.
Pontos Baixos: Rapidez com que mudamos de trama para trama. Alguns pormenores mencionados mas não explicados.
6 de abril de 2012
Game of Thrones - Season 2 - Episódio 1 - Review
Posto isto, já que é a minha primeira review, vou falar um bocado da primeira season.
Eu gostei bastante da primeira season, GoT caracteriza-se por ter excelente casting (não tivesse a mão do R.R. Martin), um espetador que não tivesse lido os livros consegue seguir e perceber, os diálogos são muito fieis ao livro, sendo várias vezes repetidos palavra a palavra) e a divisão das personagens foi bem conseguida. Por outro lado, após ter lido os livros, tenho receio que as pessoas não estejam preparadas para o que ai vem. R.R. Martin é conhecido por matar metade das suas personagens e não, a morte de Ned Stark não é nada comparado com o que vem a seguir. R. R. Martin também é conhecido por aumentar a escala da história (a nível de personagens e geográfica) a cada livro, o que me faz perguntar como é que isto vai ser manejado em futuras seasons.
Vamos lá então à segunda season.
Esta segunda season começa com a introdução de um novo grupo de personagens: o grupo de Stannis Baratheon. Este grupo é constituido pelo próprio Stannis, a "feiticeira" Melisandre e Davos Seaworth, the onion knight.
As outras tramas da season são:
- Kings Landing (filmada na belissima cidade croata de Dubrovnik, local a que tenho de ir) onde estão os Lannisters: Tyrion (e é tão bom ver Peter Dinklage de armadura, esta que vai ser a season de Tyrion), Cersei, Joffrey, Sansa, Varys e Littlefinger. Esta trama será das principais tramas da season, onde a interação entre Tyrion-Cersei-Varys-Littlefinger dará os melhores diálogos desta season.
- Beyond the Wall: Jon snow está com o Night's Watch para além da Wall (filmado na Islândia) à procura do que aconteceu aos wildlings e ao seu rei, Mance Rayder.
- Winterfell: Bran está sozinho em Winterfell onde é, de momento, o Lorf of Winterfell. Nesta trama vamos ter Bran, Hodor e Osha
- Daenerys: Eu não coloquei Daenerys geográficamente porque ela própria é uma trama isolada. De momento Daenerys está à deriva com o que resta do seu Khal, Jorah Mormont e os seus (pequenos) dragões.
- Robb Stark: Aqui não coloquei geograficamente por duas razões: uma, Robb está em guerra e vai estar em movimento, segunda porque Robb nunca é uma personagem narrada no livro! Sabemos sempre o que se passa com Robb através de terceiras personagens, sabendo o resultado dos seus embates contra os Lannisters. Estou curioso para ver o que vão fazer assim que Cat Stark sair para ir encontrar-se com Renly Baratheon. Esta trama teremos Robb Stark, Cat Stark e Theon Greyjoy. Eu penso que estra trama será brevemente dividida em Cat Stark e Theon Greyjoy.
- Arya Stark: Só tivemos um cheirinho de Arya Stark no inicio do caminho para a Wall. Arya é uma personagem que começa devagarinho e no fim da season terá grande protagonismo, sendo mais tarde das personagens mais excitantes de ver.
Episódio 1:
Neste episódio temos uma breve introdução do que veremos ver. Fomos apresentados a Stannis Baratheon e à sua feiticeira Melisandre que prega ao Lord of Light (um pouco como o nosso Deus cristão) e vemos isso enquanto queima os deuses antigos. Vemos também que Stannis declara-se Rei e não pretende procurar ajuda em ninguém, o trono é dele ou não é de ninguém. Enquanto discutem vemos que o maester de Stannis tenta evenenar Melisandre, falhando. Vemos mesmo? Esta é para mim a maior falha do episódio, pura e simplesmente não se percebe, é muito rápido. Vemos uma série de curtas imagens e, de repente o Maester está morto. No livro ele dá o copo de beber primeiro à Melisandre mas na série ele bebe primeiro! Que raio de tentativa de envenenamento é essa? E porque não uma troca de palavras entre o maester e Davos para os espetadores perceberem que ele a iria envenenar? A própria personagens da Melisandre me levanta muitas dúvidas. No livro era é caracterizada como uma pura feiticeira, como alguém com poderes, alguém de outro mundo. R.R.Martin decidiu tornar Melisandre mais humana nesta série, mais uma espécie de pregadora e conselheira. Penso que isto é um erro pois Melisandre vai estar presente até ao fim do Game of Thrones.
Em King's Landing Tyrion volta como representante do seu pai para ser Hand of the King. Esta apresentação foi rápida mas percetível. Joffrey continua irritante como sempre (muito bem Jack Gleeson) e demonstra a sua sede de poder, ele é o Rei e ele é que decide. Começamos a perceber que Cersei está a perder a mão nele. Gostei muito da interação entre Littlefinger e Cersei, da troca de palavras e Cersei a demonstrar que ela é que tem o poder...ou será que tem? Espero para ver Varys.
Vemos, rapidamente, que Bran é agora o Lord de Winterfell e vemos também que Daenerys anda à deriva no Dohtraki sea com o que resta do seu Khal. Esfomeados, Daenerys envia 3 dos seus cavaleiros que confia mais à procura de algo que a possa ajudar.
Passamos então para além da Wall onde vemos Jon Snow com os Night's Watch à procura do que Mance Rayder anda a tramar, estando parados em Craster's Keep.
Por fim, Robb Stark tem um pequeno dialogo com Jamie Lannister, mostrando no fim quão grande está o seu direwolf! Robb pede à mãe para ir ter com Renly Baratheon para negociar com ele e vemos também que Theon Greyjoy pede a Robb para ir negociar com o seu pai, algo que Cat não aprova.
No fim, vemos que o King's Guards, a mando de Cersei provavelmente, estão à procura e a matar todos os filhos bastardos de Robert Baratheon, não encontrando um jovem chamado Gendry, mostrando que Gendry está com Arya na caravana que os vai levar à Wall.
Como podemos ver, este primeiro episódio serviu de apresentação e as tramas ainda não se iniciaram. Dum modo geral, a apresentação foi bem feita excepto para a trama que precisava de mais detalhe, por ser a nova, a trama de Stannis Baratheon. Gostei também bastante de Sansa Stark. Penso que Sophie Turner tem um papel muito ingrato, muitos espetadores não gostam dela e pensam que ela é uma sonsa (que o é). Mas esperem para ver e perceberão a dificuldade do papel que Sophie Turner tem de fazer de momento.
Pontos altos:
- Dialogo entre Cersei e Littlefinger
- Direwolf de Robb
- A forma como Sansa Stark se comportou no aniversário de Joffrey
Pontos baixos:
- A apresentação de Stannis Baratheon e Melisandre
- A tentativa de envenenamento de Melisandre
22 de março de 2012
1984 - George Orwell
O importante é que os li todos e depois...ficou ali um vazio que costuma ficar quando se acabar de ler um livro e não sabia o que ler a seguir. Foi-me recomendado para ler o 1984 do George Orwell (Obrigado Racha!) e assim foi.
Bom, rapidamente se percebe porque é que o 1984 é um clássico, com C maiúsculo, e porque é que aquele livro definiu tanto termo, incluindo o termo Orwelliano.
O livro é fácil de se ler e não é muito grande mas é de uma imensidade fabulosa. A história (não querendo aqui dar grandes detalhes sobre a mesma) é de uma sociedade, por volta de 1984, que é completamente autoritária (aparentemente a palavra é distopiana) em que uma entidade 'O Partido' controla tudo e o mundo está dividido em três super-potencias que estão numa guerra continua. A personagem principal, membro desse partido (a sociedade está dividida em 3 castas) começa a interrogar-se acerca dos motivos e razões desta sociedade.
Tendo em conta que este livro foi escrito em 1949, logo após a segunda guerra mundial, e consegue falar de situações que aconteceram mais tarde (Guerra Fria) e, ainda, tão atuais hoje em dia, facilmente o leitor se sente imerso na história.
Não é um livro que fala da situação comum de um ditador tirano e assassino em que a personagem se rebela e manda o sistema abaixo. Fala de uma entidade sem cara, da divisão social e luta de poder, indo ao ponto de criar uma linguagem própria (A Newspeak) usada para controlar os indivíduos, a censura e o controlo do passado histórico (a eliminação de fontes), o redirecionamento de emoções em relação a um inimigo invisível, a contra-informação, todos estes elementos estão presentes no livro.
Assim que se começa a ler 1984 rapidamente se percebe porque é que é um clássico da literatura
13 de março de 2012
Centro de Emprego
Hoje em dia, devido à subida da taxa de desemprego, ouve-se falar muito do Centro de Emprego e a sua, ou não, eficácia.
A meu ver, as pessoas têm expectativas erradas do Centro de Emprego (CE). Geralmente, do CE espera-se duas coisas
1- Ajudar a encontrar emprego (ou deveria dizer esperar que o CE encontre emprego?)
2- Tratar do subsidio de desemprego
Ou seja, quando um desempregado vai ao CE é por uma destas duas razões, ou ambas. Estou desempregado, tenho de me inscrever para poder obter o subsidio de desemprego e encontrar um novo emprego.
Na minha opinião existem 2 tipos de desempregados hoje em dia (e agora nem vou dizer nada de novo):
1- Desempregados mais velhos (diria acima dos 35 anos) e sem qualificações, o trabalhador não-qualificado
2- O recém-licenciado que não consegue encontrar o primeiro emprego ou encontrar emprego estável, pessoas jovens na casa dos 20 e tal anos e com uma licenciatura, trabalhador jovem qualificado.
Estes dois grupos são completamente diferentes um do outro em termos de tratamento por parte do CE.
O grupo do trabalhador não-qualificado precisa realmente do CE. São pessoas com agregado familiar, contas para pagar e com empregos com baixo salário, por volta do salário mínimo. Estas pessoas precisam realmente do subsidio de desemprego senão entram em enormes dificuldades, dividias e pobreza. Por outro lado, o problema destas pessoas em encontrar emprego é a sua baixa qualificação e idade, contentando-se com "qualquer" emprego. Por exemplo, o casal que trabalhava na fábrica têxtil no norte, ambos foram para o desemprego porque a fábrica fechou e agora uma família não tem rendimento! Precisam do subsidio de desemprego ASAP para sobreviver e, digamos, o homem no fim arranja emprego na câmara municipal e a mulher num restaurante.
O grupo do trabalhador qualificado não precisa do CE. E porque? (consigo ouvir o choque após esta afirmação). Não precisa porque o CE não o consegue ajudar! O CE não consegue ajudar a encontrar emprego a um recém licenciado qualificado porque não sabe o que procurar melhor para ele, isto é, o próprio jovem sabe o que procurar e onde procurar. Não acredito que, por ex, uma empresa farmacêutica não coloque um anuncio de emprego nos locais habituais (internet, jornais, linkedin, a sua própria página) e coloque no CE! Isso não acontece. Para estas empresas o jovem tem de ser pro-activo e ir ao website da empresa e candidatar-se. Se espera que o CE lhe diga "olhe, está aqui esta empresa, é boa para si" esqueçam, quem trabalha no CE não faz puto de ideia.
Depois, o jovem não precisa do subsidio de desemprego (choque outra vez!). É jovem, não tem agregado familiar, ninguém depende dele e, muito provavelmente, vive em casa dos pais.
Um exemplo: um jovem programador informático, é despedido e demorou 2 meses a encontrar emprego. Quando foi despedido (com a devida indemnização após 2 anos a trabalhar na empresa, logo a indemnização não foi pequena) inscreveu-se no CE. O que aconteceu? O CE nunca o contactou e não lhe deu subsidio de desemprego. Este jovem fica muito chocado, como é que é possível?, o CE não serve para nada.
Ora, o CE não faz puto de ideia do que este jovem vale como profissional e o que quer. O CE não sabe que ele procura empresas que trabalhem em Java e não em .NET. O jovem é demasiado qualificado para as pessoas que trabalham no CE. Além disso, as empresas que precisam de programadores colocam anúncios na sua página, na internet, etc, não colocam no CE. Depois, este jovem não precisa do subsidio de desemprego porque, pura e simplesmente, tem dinheiro! Vive em casa dos pais, é solteiro e sem filhos e tem conta bancária para estar desempregado durante um ano. Não precisa do subsidio de desemprego.
Coloco seriamente a questão de se um jovem recem-licenciado desempregado se deve inscrever no CE. Penso que o jovem deverá tentar e ser activo na sua procura de emprego, e, após vários meses sem sucesso, então inscrever-se no CE. O CE é uma espécie de ultimo recurso, sabendo que o jovem só irá obter propostas de emprego do CE que não são relacionadas com a sua área de qualificação.
21 de fevereiro de 2012
Clichés Tugas
Neste fim-de-semana a professora de portuguesa da minha sogra foi almoçar em casa dos sogros. Uma rapariga nova, mais velha que eu, com 10 anos de experiência de ensino em portugal, esta foi a primeira aventura a ensinar portugues no estrangeiro.
No meio da conversa sobre a atualidade, ela decide falar sobre a situação de portugal, começando a ditar frases feitas e clichés que me irritam pois as pessoas tem de perceber que sao, pura e simplesmente, errados.
cliché 1: Ah e tal, o ministro do emprego veio dizer que os jovens tem de emigrar, e depois o PM veio dizer o mesmo, estão a aconselhar os recem-licenciados desempregados a emigrar. Que, obviamente, isto é mau, eles não podem dizer isto porque...se o ministro está a aconselhar a emigrar então quer dizer que não está a fazer o seu trabalho, ou seja, não está a criar postos de emprego.
O que está aqui mal nesta frase, que provavelmente muitas pessoas concordariam? O que está mal é que se parte do principio que é responsabilidade do governo em criar postos de emprego para pessoas que estão desempregadas! Nada mais errado. Isso era antigamente em que a função pública e o estado eram maquinas de criar emprego, de forma a manter as pessoas empregadas e diminuir o numero de desempregados, era quando o objetivo de qualquer pessoa era trabalhar para a máquina do estado pois isso era, garantidamente, trabalho para a vida (pois pela constituição não é possível ser-se despedido caso se seja funcionário publico). Ora, estamos numa situaçao em que se fazem esforços para diminuir a máquina da função publica! O trabalho no ministro do emprego ou juventude (ou até governo) não é criar postos de emprego! Pode ser criar condições e incentivos para que privados criem postos de emprego, mas, hoje em dia, é o mercado de trabalho que manda, não o estado.
Caso um jovem recem-licenciado esteja desempregado, não deve culpar o estado por não criar condições para ter emprego. Pura e simplesmente (na maior parte das vezes) não tem emprego porque não existem vagas no mercado de trabalho para a sua qualificação! Pode-se culpar o estado de fomentar e investir em cursos que não tem saída, mas não porque não cria emprego. Isso foi, pura e simplesmente, uma má decisão do jovem (que pode não ter culpa pois quando foi estudar o mercado de trabalho tinha vagas mas passado 5 anos já não tinha). E agora, visto que vivemos num mercado europeu e mundial, se não existem vagas em Portugal mas existem em espanha, por ex, o jovem só ganha em se mover para lá!
cliché 2: Ah e tal, estão a incentivar os jovens a emigrar e isso é mau pois perde-se o investimento do país do estudo desses jovens, os jovens vão embora e o pais não ganha nada com isso, fica um país de velhos.
Bom, esta questão do investimento do país nos jovens é relativo. É certo que estudando no ensino publico o estado paga parte dos estudos, isto não é os USA ou UK em que o jovem recem-licenciado tem uma divida para o estado quando acaba de estudar (ou ao banco). Mas por outro lado, se era um investimento então onde está o retorno do investimento por parte do jovem? Que eu saiba ninguém é obrigado a trabalhar de borla ou devolver dinheiro.
Mas o que, para mim, é falso nesta frase é que a emigração de um recem-licenciado é mau para o pais, que não se ganha nada com isso. Errado. O jovem, para além de ter trabalho e ganhar dinheiro em vez de ficar em casa a receber um subsidio e a desperdiçar tempo, também ganha conhecimentos e know-how que de outra forma não poderia ganhar, pois está a trabalhar noutro mercado, noutra cultura. Se um dia esse jovem voltar, terá uma vantagem competitiva que outro jovem que ficou em portugal não terá! Além de que traz os conhecimentos e experiência para Portugal, que de outra forma nao poderia ser trazida. Podem dizer que muitos não voltarão. Certo, é verdade, sou a favor que daqui a 10 anos sejam feitos incentivos para o retorno dos emigrantes. Mas, caso não voltem, não se ganha nada? A cultura portuguesa e a diáspora não contam? A mistura de pessoas e experiências não conta? Já não vivemos no orgulhosamente sós de há 40 anos. O facto de entrarmos no mercado europeu, e aqui entrar é ir trabalhar nele, só traz vantagens. Quem diz que não haverá maior investimento estrangeiro em portugal devido a isto?
10 jovens a trabalhar no estrangeiro fazem mais que 10 campanhas publicitarias com o Ronaldo ou o Mourinho. 10 jovens a trabalhar no estrangeiro, a constituir família, a abrir negócios, fazem mais que 10 jovens desempregados em Portugal a receber subsidio de desemprego. 10 jovens a trabalhar no estrangeiro espalham mais cultural portuguesa, abrem mais mentalidades a portugueses (sobre o estrangeiro) e a estrangeiros (sobre Portugal) que 10 professores ou 10 livros.
Não me interpretem mal, o Passos Coelho é um atrasado mental por dizer algo como o que disse. Mas se em vez de falar, criasse formas de incentivo (financeiros e não só) para procurar trabalho no estrangeiro, canais de comunicação a nível empresarial e educativo, faria muito mais pelo pais. Mas as pessoas também tem de perceber que o mundo mudou, que a nossa escala não é a aldeia onde vivemos, que o caminho casa-trabalho-casa pode incluir uma passagem de avião.